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Assassin's Creed - Unity - Oliver Bowden

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Fingi não compreender o que ele insinuava.

— Ora, está tudo muito bem e agradeço por seu tempo, mas providenciarei minha

passagem eu mesma.

Agora ele ria abertamente.

— Mas era exatamente cuidar de sua passagem o que tínhamos em mente.

Mais uma vez deixei passar.

— Partirei agora, messieurs — avisei, com uma leve mesura, virando-me para tomar o

caminho de volta pela multidão.

— Não, não vai — disse o Intermediário e, com um aceno, mandou seus cães para

mim.

Eles se levantaram, com as mãos nas espadas à cintura. Recuei um passo para trás e

para o lado, sacando minha própria espada e brandindo-a para o primeiro, um

movimento que os fez parar de pronto.

— Ooh — disse um deles, e os dois começaram a rir. Aquilo me abalou. Por um

segundo não soube como reagir quando o Intermediário meteu a mão em seu casaco e

sacou uma adaga curva, e o segundo homem fechou a cara e avançou.

Tentei repeli-lo com a espada, mas não fui agressiva o suficiente; além disso, havia

muita gente em volta. O que deveria ter sido um golpe de alerta confiante se revelou

ineficaz.

“Você a usará para treinar.”

Mas não usei. Em quase dez anos de escola, quase não treinei com minha espada e,

embora em determinada ocasião, quando o dormitório estava em silêncio, eu tivesse

tirado a caixa de seu esconderijo, embora a tivesse aberto para examinar o aço novo e

passar os dedos pela inscrição na lâmina, raras vezes a levei a um lugar privativo a fim de

praticar meus exercícios. Só o suficiente para evitar que minhas habilidades ficassem

completamente calcificadas, mas não para que não enferrujassem.

E por isso, ou por inexperiência, ou mais provavelmente por uma combinação de

ambos, eu estava lamentavelmente despreparada para dar conta daqueles três homens. E,

quando veio, não foi um golpe esplêndido de espada que me colocou esparramada nas

tábuas molhadas, fétidas e tomadas de serragem da taberna, mas um empurrão com as

duas mãos do primeiro dos brutamontes a me alcançar. Ele vira o que eu não tinha visto.

Atrás de mim jazia o mesmo bêbado que eu rechaçara antes e, quando deslizei um passo

para trás, meus tornozelos o encontraram, daí perdi o equilíbrio, caí e no instante

seguinte estava deitada por cima dele.

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