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Assassin's Creed - Unity - Oliver Bowden

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— Faz muito bem em chorar, mademoiselle, pois seu pai está por demais furioso

com você para resolver a questão por conta própria. Estava tão tomado de emoção que

pediu para que eu, seu preceptor — ele deu uma piscadela —, aplique o castigo em seu

lugar. Mas primeiro, deve escrever a ele uma carta de profundas desculpas. E quando

terminar, darei seu castigo, que você pode esperar ser o mais severo que já experimentou.

Ele me conduziu a uma carteira escolar em um canto da sala, onde me posicionei com

papel, tinta e pena, caso a diretora precisasse de um pretexto para nos interromper. Em

seguida puxou uma cadeira, pôs os cotovelos no tampo da mesa e, aos sussurros,

começamos a conversar.

— Estou feliz em vê-lo — falei a ele.

Ele riu baixinho.

— Não posso dizer que estou surpreso. Afinal, você esperava levar uma sova

daquelas.

— Na verdade — disse eu, abrindo a bolsa e revelando a ferradura —, é bem o

contrário.

Ele franziu o cenho. Não era a reação que eu queria.

— E depois, Élise? — sussurrou ele, irritado, batendo o indicador na mesa para dar

ênfase. — Você teria sido expulsa da Maison Royale. Sua educação... atrasada. Sua

iniciação... atrasada. Sua ascensão para ser a Grã-Mestre... atrasada. No que exatamente

este caminho teria resultado, hum?

— Sinceramente, não me importo.

— Não se importa, hein? Você não se importa mais com seu pai?

— Sabe muito bem que me importo com meu pai, diabos.

Ele zombou do meu palavreado.

— E eu sei muito bem que você se importa com sua mãe também, maldição. E o

nome da família está envolvido nisso. Sendo assim, por que você se esforça tanto para

arrastá-lo para a lama? Por que está tentando assegurar que jamais chegará a Grã-Mestre?

— É meu destino ser Grã-Mestre — respondi, percebendo, com uma pontada

desagradável, que eu me assemelhava a May Carroll.

— O destino pode mudar, criança.

— Não sou mais uma criança — lembrei a ele. — Tenho 20 anos.

Ele se entristeceu.

— Você sempre será uma criança para mim, Élise. Não se esqueça de que consigo me

lembrar da garotinha aprendendo a manejar a espada no bosque. A aluna mais capaz que

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