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Assassin's Creed - Unity - Oliver Bowden

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reflexo do espelho.

— Sim — confirmei —, certamente ela é vinho de outra pipa.

— Posso saber o que o senhor e a senhora Carroll querem com ela?

Suspirei.

— Mesmo que eu soubesse, seria melhor que você ignorasse.

— A senhorita não sabe?

— Ainda não. O que me lembra de perguntar, que horas são?

— Quase dez horas, Mademoiselle Élise.

Lancei um olhar feio, sibilando:

— É Mademoiselle Yvonne.

Ela ficou vermelha.

— Desculpe, Mademoiselle Yvonne.

— Apenas não cometa este erro de novo.

— Desculpe, Mademoiselle Yvonne.

— E agora devo pedir que me deixe sozinha.

iv

Quando ela saiu, fui a meu baú armazenado embaixo da cama e o puxei, ajoelhei-me e abri

os fechos. Hélène o havia esvaziado, mas não estava ciente do fundo falso. Por baixo de

uma placa de tecido, havia um fecho oculto, e quando o ativei o painel se abriu, revelando

o conteúdo.

Ali havia uma luneta e um pequeno dispositivo de sinalização. Encaixei a vela no

sinalizador, peguei a luneta e fui à janela, onde abri as cortinas o suficiente para ver a

Queen Square.

Ele estava do outro lado da rua. Parecendo aos olhos do mundo um mero condutor

de coche à espera de uma corrida, o Sr. Weatherall estava sentado no alto de uma

carruagem de duas rodas, a metade inferior do rosto coberta por um cachecol. Dei o sinal

predeterminado. Ele usou a mão para mascarar a luz da carruagem, dando sua resposta, e

então, com olhadelas para ambos os lados, desenrolou o cachecol. Levei a luneta ao olho,

de modo a enxergá-lo com clareza e, lendo seus lábios, decifrei: “Olá, Élise”; daí ele

também levou uma luneta ao próprio olho.

— Olá — murmurei em resposta.

Assim foi nossa conversa silenciosa.

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