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Assassin's Creed - Unity - Oliver Bowden

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para mim, honrando o legado do nome de meu pai.

Como em quase toda parte na ilha, a rua diante do Lauzun estava movimentada. Havia

um portão de madeira com uma portinhola engastado em um muro alto e tomado de

hera que cercava o pátio. Olhei a rua de um lado a outro, vendo dezenas e dezenas de

pessoas chegando, mas nenhuma se vestia como nós.

Jean olhou para mim. Esteve calado desde que eu o repreendera e agora eu me sentia

mal por isso, em particular quando notei a tensão dele e entendi que era por minha

causa.

— Está pronta, Grã-Mestre? — disse ele.

— Estou, obrigada, Jean — respondi.

— Então, por favor, permita-me bater.

O portão foi aberto por um criado elegantemente trajado com colete e luvas brancas.

Ao vê-lo, com sua faixa cerimonial bordada à cintura, animei-me. Eu estava no lugar certo,

pelo menos, e eles estavam prontos para me receber.

Baixando a cabeça, ele deu um passo de lado para permitir nossa entrada no pátio.

Ali, olhei em volta, notando janelas e varandas cobertas por tábuas em torno de um

espaço central abandonado, tomado de folhas secas, vasos de plantas revirados e várias

caixas quebradas.

Em outros tempos poderia muito bem haver uma fonte tilintando delicadamente ali

naquele mesmo lugar, e o som de aves noturnas proporcionaria um fim tranquilo a mais

um dia civilizado no Hôtel de Lauzun. Porém não mais.

Agora só estávamos Jean e eu, o criado e o marquês de Pimôdan, que estivera parado

de lado, trajado em seu manto, com as mãos entrelaçadas à frente do corpo. Ele se

aproximou para nos cumprimentar.

— Pimôdan — falei calorosamente.

Abraçamo-nos. Beijei o rosto dele e, ainda estimulada pela visão de nosso anfitrião e

seu criado em suas vestimentas templárias, permiti-me acreditar que meu nervosismo

antes da reunião era por nada. Que tudo correria bem, e que mesmo aquele silêncio

aparente não passava de um costume da Ordem.

Mas daí, quando Pimôdan disse “É uma honra, Grã-Mestre”, as palavras me soaram

vazias e ele se afastou rapidamente para nos guiar pelo pátio, e meu nervosismo anterior à

reunião voltou dez vezes maior.

Olhei para Jean, que fez uma careta, tenso com a situação.

— Os outros estão reunidos, Pimôdan? — perguntei enquanto passávamos por portas

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