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Assassin's Creed - Unity - Oliver Bowden

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Era uma armadilha.

Às minhas costas, ouvi um barulho e virei-me, vendo um homem surgir das

sombras.

Semicerrei os olhos, flexionando os dedos, preparada.

— Quem é você? — questionei.

Ele avançou rapidamente e percebi que não era Lafrenière, ao mesmo tempo vi o luar

faiscar em uma lâmina que ele tirou da cintura.

E talvez eu desembainhasse minha espada a tempo. Afinal, eu era rápida.

E talvez eu não desembainhasse minha espada a tempo. Afinal, ele era rápido também.

Independentemente de como fosse, não importava. A dúvida foi solucionada pela

lâmina de um terceiro, uma figura que aparentemente surgira do nada. Vi o que eu sabia

ser uma lâmina oculta cortar a escuridão, em seguida meu pretenso assassino caiu, e atrás

dele estava Arno.

Por um segundo só consegui ficar parada e boquiaberta, porque este Arno estava

completamente diferente daquele que eu conhecia. Não só usava o manto dos Assassinos

e uma lâmina oculta como o menino tinha desaparecido. Em seu lugar, havia um homem.

Precisei de um instante para me recuperar e então, quando me ocorreu que jamais

enviariam um único assassino para dar cabo de mim, que haveria outros, vi o homem

assomando por trás de Arno — e todos aqueles meses de treino de tiro ao alvo no chalé

compensaram no momento em que disparei acima do ombro dele, criando um terceiro

olho no assassino e fazendo-o cair morto nas pedras do pátio.

ii

Recarregando a arma, eu disse:

— O que está havendo? Onde está Monsieur Lafrenière?

— Está morto — respondeu Arno.

Ele disse aquilo em um tom que não me agradou muito, como se houvesse muito

mais naquela história do que ele deixava transparecer. Olhei-o incisivamente.

— O quê?

Mas antes que Arno pudesse responder, veio o som de um ricochete e uma bala de

mosquete bateu em uma parede próxima, provocando uma chuva de lascas de pedra em

cima de nós. Havia atiradores nas janelas do alto.

Arno estendeu uma das mãos em minha direção, e a parte de mim que ainda o odiava

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