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Tese de Mestrado DCI.pdf - UTL Repository

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ten<strong>de</strong>u a apoiar menos os países em conflito e mais os esforços <strong>de</strong> recuperação<br />

pós-guerra. Estas tendências são ilustradas na tabela 2 179 .<br />

Tabela 2 – Fluxos <strong>de</strong> Recursos Líquidos Oficiais dos Países Receptores<br />

(% do PIB) 180<br />

1-5 anos antes Durante o 1-2 anos pós- 3-5 anos pós-<br />

do conflito conflito conflitoconflito Antes – 1990 16 19 11 6<br />

Pós-1990 12 9 13 7<br />

Fonte: World Economic Outlook 181<br />

STAINES (2004:27) acrescenta que, se durante a Guerra Fria a ajuda esteve na<br />

linha <strong>de</strong> combate frequentemente antes da eclosão do conflito, na década <strong>de</strong> 90 a<br />

ajuda esteve mais afastada e, por vezes, terminou antes do fim do conflito.<br />

Normalmente, a ajuda aflui logo após o eclodir do conflito e durante os primeiros<br />

anos <strong>de</strong> guerra <strong>de</strong>vido à publicida<strong>de</strong> internacional e à vonta<strong>de</strong> dos doadores <strong>de</strong><br />

estarem envolvidos no acontecimento, segundo COLLIER et al. (2003:157).<br />

Passada essa primeira fase, a ajuda rapidamente diminui e, no 3º ou 4º ano após o<br />

início do conflito, posiciona-se abaixo dos níveis normais, o que se <strong>de</strong>ve a<br />

factores como a política <strong>de</strong>teriorada do país em guerra, o seu rendimento per<br />

capita e a sua população, além <strong>de</strong> ser também uma resposta à política e à duração<br />

da guerra. Assim, ao fim do 4º ano <strong>de</strong> guerra, a ajuda terá <strong>de</strong>clinado em mais <strong>de</strong><br />

50% do PIB simplesmente <strong>de</strong>vido a esse efeito.<br />

Segundo COLLIER et al. (2003:157-158), a ajuda <strong>de</strong>veria ser maior na primeira<br />

década pós-conflito e, posteriormente, <strong>de</strong>veria ser reduzida <strong>de</strong> forma gradual.<br />

Nessa primeira década, é também fundamental que o Governo canalize a ajuda<br />

recebida para as reformas políticas e económicas, com o objectivo <strong>de</strong> assegurar<br />

um crescimento económico rápido e uma socieda<strong>de</strong> mais segura no futuro.<br />

Todavia, o problema é que a maior parte dos doadores não tem um processo<br />

sistematizado <strong>de</strong> distribuição da ajuda no palco <strong>de</strong> guerra.<br />

179 STAINES (2004:27) indica que os fluxos <strong>de</strong> recursos externos líquidos oficiais equivalem às<br />

transferências oficiais mais os empréstimos, menos o serviço <strong>de</strong> dívida pago.<br />

180 De acordo com STAINES (2004:27), os fluxos <strong>de</strong> recursos líquidos oficiais equivalem às<br />

transferênciais oficiais mais os empréstimos menos o serviço <strong>de</strong> dívida pago.<br />

181 World Economic Outlook in STAINES (2004).<br />

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