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Tese de Mestrado DCI.pdf - UTL Repository

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membros fundadores, pelo que a mudança ou a expansão das activida<strong>de</strong>s têm que<br />

ser aprovadas unanimemente. O autor refere esta questão a propósito da<br />

a<strong>de</strong>quabilida<strong>de</strong> dos mandatos <strong>de</strong>ssas agências para <strong>de</strong>senvolver a “reengenharia<br />

económica e social” necessária para melhorar a eficácia dos processos <strong>de</strong><br />

resolução <strong>de</strong> conflitos.<br />

Apesar das dificulda<strong>de</strong>s sentidas e particularmente a partir <strong>de</strong> meados da década<br />

<strong>de</strong> 90, a comunida<strong>de</strong> internacional começou a <strong>de</strong>senvolver esforços no sentido <strong>de</strong><br />

implementar políticas <strong>de</strong> cooperação. Neste âmbito, o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

económico parece ser um vector fulcral na redução da incidência do conflito,<br />

embora <strong>de</strong>vidamente direccionado para contextos <strong>de</strong> elevado risco <strong>de</strong> conflito<br />

on<strong>de</strong> os problemas e as priorida<strong>de</strong>s são distintos.<br />

Porém, os elementos standard da estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, <strong>de</strong>signadamente<br />

o acesso ao mercado, a reforma política e a ajuda, po<strong>de</strong>m não ser suficientes ou<br />

até mesmo a<strong>de</strong>quados para tratar o problema, como sublinham COLLIER et al.<br />

(2003:6). Em ambientes pós-guerra mais complexos, as intervenções não-<br />

militares, po<strong>de</strong>m não conseguir assegurar a paz durante os primeiros anos.<br />

Nesses casos, a intervenção militar externa po<strong>de</strong> ser o único garante político da<br />

paz, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m COLLIER et al. (2003:167).<br />

IGNATIEFF (2001) 76 <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que se <strong>de</strong>ve “apoiar a intervenção humanitária<br />

apenas quando po<strong>de</strong>mos prever sucesso e com consenso em casos <strong>de</strong> violações<br />

graves”. BRITO (2002:208) discorda <strong>de</strong>ssa posição ao afirmar que “é certo que<br />

as falhas da comunida<strong>de</strong> internacional em respon<strong>de</strong>r ao genocídio diminuem a<br />

credibilida<strong>de</strong> do sistema, mas a receita minimalista (<strong>de</strong> Ignatieff) não convence”.<br />

E a autora questiona-se: “Devemos abster-nos <strong>de</strong> intervir para tentar travar um<br />

genocídio se os regimes locais não apoiam essa acção?”.<br />

Aliás, COLLIER et al. (2003:167) afirma que as únicas intervenções militares<br />

que se revelaram eficazes empiricamente foram justamente as que apoiaram os<br />

rebel<strong>de</strong>s (indo contra os governos). Este facto mostra que o apoio militar externo<br />

po<strong>de</strong> mais facilmente <strong>de</strong>rrubar um governo do que um grupo rebel<strong>de</strong>, pois as<br />

76 “Human Rights as Politics and Idolatry” in BRITO (2002), p.207.<br />

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