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Tese de Mestrado DCI.pdf - UTL Repository

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(2) “Não fazer mal” 190 : a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assegurar que a ajuda não tem<br />

efeitos perversos e que apoia, sempre que possível, o restabelecimento<br />

da paz.<br />

(3) Resolução do conflito e construção da paz: a ajuda <strong>de</strong>ve ser usada na<br />

reconciliação <strong>de</strong> grupos hostis e no restabelecimento da harmonia social.<br />

(4) Boa governação: os maximalistas <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a inclusão do conflito na<br />

política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e a justificação da assistência ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento em termos <strong>de</strong> boa governação e <strong>de</strong> antídoto ao conflito<br />

estrutural.<br />

(5) Estabilida<strong>de</strong> estrutural: a ajuda é vista como um instrumento político,<br />

que visa combater as causas estruturais do conflito e promover uma<br />

situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento económico sustentável, <strong>de</strong>mocracia,<br />

respeito pelos direitos humanos, estruturas políticas viáveis, condições<br />

ambientais e sociais saudáveis, com capacida<strong>de</strong> para gerir a mudança<br />

sem o recurso ao conflito.<br />

(6) Coerência da ajuda: os vários instrumentos políticos <strong>de</strong>veriam <strong>de</strong>finir<br />

um conjunto <strong>de</strong> objectivos coerente, que estabelecesse uma ligação entre<br />

as respostas políticas e humanitárias ao conflito”.<br />

A abordagem maximalista foi fortemente criticada pelo facto <strong>de</strong> atribuir à ajuda<br />

objectivos e propósitos para os quais nunca foi <strong>de</strong>senhada, levando assim à<br />

distorção dos princípios humanitários, <strong>de</strong>signadamente a substituição da<br />

“neutralida<strong>de</strong>” e da “imparcialida<strong>de</strong>” pelo “humanitarismo político”.<br />

Segundo GOODHAND e ATKINSON (2001:11), os críticos dos maximalistas<br />

consi<strong>de</strong>raram que esta abordagem expansiva representa um ataque aos princípios<br />

centrais do humanitarismo e uma perigosa manifestação da má vonta<strong>de</strong> dos<br />

actores políticos em se ocuparem <strong>de</strong> conflitos intrinsecamente políticos, para os<br />

quais são necessárias respostas políticas.<br />

190 No original, “do no harm”. Expressão muito utilizada no seio <strong>de</strong>stes <strong>de</strong>bates, que traduz uma<br />

abordagem sobre a ajuda internacional a países em conflito.<br />

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