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Tese de Mestrado DCI.pdf - UTL Repository

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a UNITA, ou como os EUA e a URSS transportaram a Guerra Fria para este<br />

mesmo cenário.<br />

À comunida<strong>de</strong> internacional associámos sempre a questão da ingerência interna e<br />

do direito/<strong>de</strong>ver internacional <strong>de</strong> intervir em situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>srespeito pelos DH.<br />

Vimos as consequências terríveis das guerras para as populações, para os países<br />

on<strong>de</strong> ocorrem e até para os países vizinhos, que violam direitos fundamentais<br />

como o direito à vida, o direito à saú<strong>de</strong> e também o direito à dignida<strong>de</strong> humana,<br />

para além <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixarem uma cicatriz profunda e quase insarável no processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento. Por isso, consi<strong>de</strong>ramos que a comunida<strong>de</strong> internacional tem<br />

obrigação <strong>de</strong> <strong>de</strong>ter e punir os senhores da guerra, quando <strong>de</strong>stes se trata, e não em<br />

cenários <strong>de</strong> guerra civil com justificações perfeitamente plausíveis. No entanto,<br />

não quisémos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> sublinhar que essa intervenção só <strong>de</strong>verá ser feita <strong>de</strong><br />

forma legítima, ou seja, à luz <strong>de</strong> um mandato das Nações Unidas. Consi<strong>de</strong>ramos<br />

perigosas as intervenções unilaterais que escon<strong>de</strong>m, muitas vezes, razões<br />

egoístas, apesar <strong>de</strong> argumentarem causas humanitárias.<br />

Antes <strong>de</strong> entrarmos na questão concreta da ajuda internacional, esclarecemos<br />

uma premissa que nos pareceu fundamental: o <strong>de</strong>senvolvimento po<strong>de</strong> ser<br />

possível no contexto do conflito. A ser verda<strong>de</strong>, essa é uma referência fulcral<br />

para os actores humanitários e doadores no contexto <strong>de</strong> guerra que, como vimos<br />

nos casos do Sri Lanka e <strong>de</strong> Angola, durou décadas.<br />

Sobre a APD e a forma como ela evoluiu, principalmente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a 2ª Guerra<br />

Mundial, concluímos que a comunida<strong>de</strong> internacional tem feito vários esforços<br />

para apoiar os PED, particularmente em contextos <strong>de</strong> guerra civil, tendo sido as<br />

Convenções <strong>de</strong> Genebra <strong>de</strong> 1949 o gran<strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> partida para o<br />

estabelecimento <strong>de</strong> um Direito <strong>de</strong> Intervenção Humanitário que se imponha sobre<br />

os interesses individuais dos Estados.<br />

Ficámos a conhecer um pouco mais sobre os vários tipos <strong>de</strong> ajuda em que se<br />

<strong>de</strong>compõe a APD e obtivémos algumas pistas sobre como os doadores e as<br />

agências <strong>de</strong> ajuda po<strong>de</strong>m actuar e começar a chamar a atenção para alguns<br />

perigos da ajuda – o (<strong>de</strong>s)respeito pelos princípios da humanida<strong>de</strong>, neutralida<strong>de</strong> e<br />

imparcialida<strong>de</strong> da ajuda; a dicotomia, a nosso ver, <strong>de</strong>masiado rígida entre a<br />

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