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Tese de Mestrado DCI.pdf - UTL Repository

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<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação 352 . O objectivo era analisar o esforço humanitário internacional, à<br />

luz das resoluções do Conselho <strong>de</strong> Segurança e <strong>de</strong> outros corpos<br />

intergovernamentais das Nações Unidas 353 .<br />

A primeira direcção <strong>de</strong>ssa Unida<strong>de</strong> priorizou a negociação do acesso das<br />

activida<strong>de</strong>s humanitárias, através do lançamento do Apelo Consolidado por<br />

forma a aumentar os fundos para a ajuda humanitária e obter a confiança e a boa<br />

vonta<strong>de</strong> dos parceiros humanitários e das partes no conflito.<br />

A UCAH tornou-se pró-activa na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas, na auscultação dos<br />

parceiros e na busca <strong>de</strong> soluções. Segundo BALL & CAMPBELL (1998:3-4), os<br />

coor<strong>de</strong>nadores humanitários alcançaram um ponto <strong>de</strong> equilíbrio na busca <strong>de</strong><br />

soluções através do consenso e ao evitar soluções insatisfatórias.<br />

Estes mesmos autores indicam que a comunida<strong>de</strong> internacional reconheceu a<br />

importância <strong>de</strong> manter uma distinção clara entre os actores humanitários e a<br />

vertente político-militar da missão <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> paz das Nações Unidas. As<br />

activida<strong>de</strong>s humanitárias não podiam ser manipuladas pelas partes no conflito,<br />

nem podiam ser usadas pelos negociadores como recompensa ou castigo. No<br />

caso <strong>de</strong> Angola, a UNITA via a UNAVEM com hostilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sconfiança<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o MPLA ter vencido as eleições em Setembro <strong>de</strong> 1992 e <strong>de</strong> o Conselho<br />

<strong>de</strong> Segurança ter atribuído à UNITA a responsabilida<strong>de</strong> do conflito renovado em<br />

1992. No entanto, BALL & CAMPBELL (1998:4) afirmam que “tem sido<br />

claramente benéfico para a UCAH o facto <strong>de</strong> manter a sua distância das<br />

instituições políticas das Nações Unidas”.<br />

Também PAULO (2004:6) sublinha que “a UCAH <strong>de</strong>sempenhou um papel<br />

positivo numa ocasião em que não havia qualquer sinal iminente <strong>de</strong> cessar-fogo e<br />

em que as condições humanitárias estavam em <strong>de</strong>terioração” e afirma que esta<br />

“foi bem sucedida ao ganhar acesso aos que necessitavam <strong>de</strong> ajuda,<br />

primeiramente no Kuito e Huambo e, mais tar<strong>de</strong>, noutras partes do país”. O autor<br />

352 Segundo Paulo (2004), p.6, naquela altura, as operações humanitárias da ONU incluíam o<br />

repatriamento <strong>de</strong> 300.000 refugiados, a ajuda a cerca <strong>de</strong> 800.000 <strong>de</strong>slocados internos, o fornecimento <strong>de</strong><br />

ajuda alimentar <strong>de</strong> emergência, assistência médica e acomodação dos soldados.<br />

353 BALL & CAMPBELL (1998).<br />

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