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A construção do Programa Estadual de Educação Ambiental

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<strong>de</strong> condições históricas, só têm plena valida<strong>de</strong> sob certas condições, o que significa<br />

dizer que exprimem mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ser e <strong>de</strong>terminações <strong>de</strong> existência que são históricas.<br />

Entretanto,<br />

16<br />

Seria, pois, impraticável e errôneo colocar as categorias econômicas na<br />

or<strong>de</strong>m segun<strong>do</strong> a qual tiveram historicamente uma ação <strong>de</strong>terminante. A<br />

or<strong>de</strong>m em que se suce<strong>de</strong>m se acha <strong>de</strong>terminada, ao contrário, pelo<br />

relacionamento que têm umas com as outras na socieda<strong>de</strong> burguesa mo<strong>de</strong>rna,<br />

o que é precisamente o inverso <strong>do</strong> que parece ser uma relação natural, ou <strong>do</strong><br />

que correspon<strong>de</strong> à série <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento histórico (ibi<strong>de</strong>m, p. 122).<br />

A análise da categoria, como argumenta Kofler (2010, p. 71),<br />

(...) prova que cada manifestação singular só po<strong>de</strong> ser cabalmente<br />

conceptualizada quan<strong>do</strong> se consi<strong>de</strong>ra a sua relação com o to<strong>do</strong> e,<br />

inversamente, que o to<strong>do</strong> sempre se reflete (sob uma forma qualquer) nos<br />

fenômenos, nas “células” <strong>do</strong> processo. Na categoria se reflete, antes <strong>de</strong> mais<br />

nada, o fato <strong>de</strong> que a socieda<strong>de</strong> representa a unida<strong>de</strong> dialética entre ser e<br />

consciência e, portanto, é uma totalida<strong>de</strong>.<br />

Isso nos remete a examinar as disputas político-i<strong>de</strong>ológicas e a produção <strong>de</strong><br />

consensos e dissensos durante a consulta pública <strong>do</strong> ProEEA sem <strong>de</strong>sconectá-los da<br />

materialida<strong>de</strong> que lhes serve <strong>de</strong> substrato e compreen<strong>de</strong>r que para <strong>de</strong>scobrirmos suas<br />

principais <strong>de</strong>terminações se faz necessário alargar o campo espaço-temporal da análise,<br />

analisan<strong>do</strong> essa <strong>construção</strong> como parte constituinte e contraditória <strong>de</strong> uma totalida<strong>de</strong>.<br />

Buscamos assim, a não dissociação entre as condições objetivas da vida social e o plano<br />

i<strong>de</strong>ológico on<strong>de</strong> os homens tomam consciência das contradições <strong>de</strong>sta. Com esse<br />

intuito, nos valemos <strong>do</strong> materialismo histórico-dialético para investigação das<br />

<strong>de</strong>terminações que engendram a realida<strong>de</strong> social, com o objetivo <strong>de</strong> tornar possível sua<br />

interpretação e superar a naturalização <strong>do</strong> que é histórico. Outra dissociação que<br />

recusamos é entre sujeito-objeto. E o uso da dialética por Marx, como <strong>de</strong>staca Loureiro,<br />

implica esta não separação, “pois um é complementar ao outro, um se <strong>de</strong>fine pelo outro,<br />

um está no outro, um nega o outro (contradição, interpenetração, complementarieda<strong>de</strong> e<br />

oposição formam a unida<strong>de</strong>)” (LOUREIRO, 2009, p. 126).<br />

Em nosso caminho teórico-meto<strong>do</strong>lógico, procuramos primeiramente investigar<br />

como os conceitos <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> e socieda<strong>de</strong> civil foram explica<strong>do</strong>s e reivindica<strong>do</strong>s por<br />

autores <strong>de</strong> algumas das principais tradições da teoria política, sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista as<br />

tensões público-priva<strong>do</strong>, universal-particular próprias da socieda<strong>de</strong> burguesa.<br />

Incorporamos neste capítulo uma breve análise <strong>de</strong> processos político-econômicos

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