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A construção do Programa Estadual de Educação Ambiental

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ambiental e; Alfabetização ecológica. Além <strong>de</strong>stas, no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong>s textos os autores<br />

vão ainda citar outras adjetivações para a educação ambiental: popular, política,<br />

comunitária, formal, não formal, para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável, conserva<strong>do</strong>ra,<br />

socioambiental, ao ar livre, para solução <strong>de</strong> problemas, convencional. Ainda<br />

encontramos <strong>Educação</strong> Conservacionista, ao Ar Livre e Ecológica e também <strong>Educação</strong><br />

“para”, “sobre o” e “no” ambiente. Embora nem sempre seja possível estabelecer a<br />

fronteira que marque on<strong>de</strong> começa uma e termina outra – Loureiro (2004), por exemplo,<br />

ao tratar da educação ambiental “transforma<strong>do</strong>ra”, <strong>de</strong>clara que esta compartilha<br />

abordagens com a emancipatória, crítica, popular, ecopedagógica e outras -, muitos <strong>do</strong>s<br />

autores vão buscar marcar o posicionamento <strong>de</strong> “sua” educação ambiental a partir da<br />

rejeição à outra vertente. Guimarães afirma que a educação ambiental crítica vai se<br />

contrapor à educação ambiental conserva<strong>do</strong>ra, porquanto esta produza<br />

uma prática pedagógica objetivada no indivíduo (na parte) e na<br />

transformação <strong>de</strong> seu comportamento [...] que disjunta e vê o conflito como<br />

algo a ser cassa<strong>do</strong> porque cria a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m social (complexifica a realida<strong>de</strong>),<br />

na perspectiva crítica, o conflito, as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r são fundantes na<br />

<strong>construção</strong> <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s, na organização espacial em suas múltiplas<br />

<strong>de</strong>terminações (GUIMARÃES, 2004. p.27-28).<br />

Loureiro <strong>de</strong>staca que o cita<strong>do</strong> “bloco transforma<strong>do</strong>r” da educação ambiental se<br />

diferencia da chamada educação ambiental convencional tanto em seus aspectos<br />

meto<strong>do</strong>lógicos e conceituais, como em suas temáticas e objetivos. Meto<strong>do</strong>logicamente,<br />

faz uso da dialética enquanto “exercício totaliza<strong>do</strong>r que nos permite apreen<strong>de</strong>r a síntese<br />

das <strong>de</strong>terminações múltiplas que conformam a unida<strong>de</strong>” (LOUREIRO, 2004, p. 70),<br />

numa compreensão <strong>de</strong> que o singular ganha senti<strong>do</strong> em suas relações, on<strong>de</strong> particular e<br />

to<strong>do</strong> se constituem mutuamente, superan<strong>do</strong>-se as contradições pela síntese que, por sua<br />

vez, gera novas contradições. Nesse senti<strong>do</strong>, valorizam-se as práticas <strong>de</strong> educação<br />

ambiental capazes <strong>de</strong> alavancar a cidadania e a emancipação <strong>do</strong>s sujeitos históricos pela<br />

participação social num processo <strong>de</strong> <strong>construção</strong> <strong>do</strong> espaço comum e <strong>do</strong> <strong>de</strong>stino coletivo.<br />

O autor resgata que as meto<strong>do</strong>logias participativas vêm <strong>do</strong> século XIX e ganham corpo<br />

com as práticas <strong>de</strong> educação popular e o uso da pesquisa-ação e pesquisa participante.<br />

Nestas, trabalha-se a realida<strong>de</strong> como síntese objeto-sujeito, a transformação das<br />

condições materiais como meio para as mudanças subjetivas e um senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>construção</strong><br />

<strong>de</strong> conhecimento e ação no mun<strong>do</strong> volta<strong>do</strong>s à emancipação humana e a ruptura da<br />

dissociação entre natureza-socieda<strong>de</strong>, entre outros fins. Para isso fomenta-se a<br />

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