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A construção do Programa Estadual de Educação Ambiental

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processo produtivo” analisa<strong>do</strong> por Gramsci (2001, p. 248) em suas reflexões sobre o<br />

americanismo, estava naquele momento em “fase inicial e, por isso, (aparentemente)<br />

idílica” (i<strong>de</strong>m), agora ela se realiza sob o matiz neoliberal.<br />

Um contraponto a essas concepções foi produzi<strong>do</strong> na Região <strong>do</strong>s Lagos. Essa foi<br />

a região com a maior porcentagem <strong>de</strong> pessoas que receberam alguma formação em<br />

educação ambiental (gráfico 23) e <strong>de</strong> pessoas que conheciam políticas públicas fe<strong>de</strong>rais<br />

<strong>de</strong> educação ambiental (gráfico 29). Dois processos diferentes que se relacionam<br />

colaboram para isso. Em 2005 foi instituí<strong>do</strong> o Comitê das Bacias Hidrográficas das<br />

Lagoas <strong>de</strong> Araruama, Saquarema e <strong>do</strong>s Rios São João e Una (CBHLSJ) como<br />

<strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento <strong>do</strong> Consórcio Intermunicipal Lagos São João, cria<strong>do</strong> em 1999. Com<br />

caráter consultivo e <strong>de</strong>liberativo, o Comitê <strong>de</strong> Bacia se <strong>de</strong>senvolveu como importante<br />

espaço <strong>de</strong> participação social para o planejamento e implementação <strong>de</strong> ações ambientais<br />

na região. Em 2005, no âmbito <strong>de</strong>sse Comitê volta<strong>do</strong> a integrar o Sistema <strong>Estadual</strong> <strong>de</strong><br />

Gerenciamento <strong>do</strong>s Recursos Hídricos e o Sistema Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos, foi<br />

criada a Câmara Técnica Permanente <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> <strong>Ambiental</strong> que vem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então<br />

protagonizan<strong>do</strong> encontros e projetos liga<strong>do</strong>s à educação ambiental, haven<strong>do</strong> algumas<br />

pessoas na consulta pública, inclusive na equipe que facilitou esse Encontro Regional,<br />

que participam <strong>do</strong> Comitê e da Câmara técnica. Outro fator <strong>de</strong>terminante para o gran<strong>de</strong><br />

percentual <strong>de</strong> pessoas com conhecimento <strong>de</strong> políticas públicas fe<strong>de</strong>rais e com formação<br />

em educação ambiental foram os processos educativos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s nessa região no<br />

âmbito <strong>do</strong> licenciamento ambiental das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> petróleo e gás coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> pelo<br />

IBAMA. Na questão “Ativida<strong>de</strong> Profissional”, on<strong>de</strong> as pessoas colocavam as<br />

instituições on<strong>de</strong> trabalhavam, reconhecemos três projetos fomenta<strong>do</strong>s por ativida<strong>de</strong>s<br />

ligadas ao licenciamento ambiental fe<strong>de</strong>ral: o Projeto Pólen, o Projeto Núcleos <strong>de</strong><br />

<strong>Educação</strong> <strong>Ambiental</strong> da Região da Bacia <strong>de</strong> Campos e o Projeto Humano Mar.<br />

A existência <strong>do</strong> CBHLSJ e <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> educação ambiental no licenciamento<br />

na região também ajudam a explicar porque essa foi a região que teve mais pessoas que<br />

se aproximaram da educação ambiental via universida<strong>de</strong>, movimento social, ONG,<br />

governo e parti<strong>do</strong> (gráfico 21) e que trabalhavam com educação ambiental em<br />

movimento social, associação <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res, ONG, governo e parti<strong>do</strong> (gráfico 27). Estas<br />

duas últimas questões, as <strong>de</strong> número “3” e “6”, po<strong>de</strong>riam receber mais <strong>de</strong> uma<br />

marcação. Essa região foi a única que obteve na média mais <strong>de</strong> duas marcações em cada<br />

uma <strong>de</strong>stas questões. Como as ações <strong>de</strong>scritas costumam <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar articulações entre<br />

governo, universida<strong>de</strong>, ONGs e movimentos sociais, as pessoas acabam por se envolver<br />

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