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desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

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formação específica para <strong>de</strong>sempenhar ativida<strong>de</strong>s femini<strong>na</strong>s – os saberes femininos<br />

são <strong>na</strong>turalizados.<br />

Em relação à formação docente, Magela Neto (2002) diz que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

Reforma Capanema, <strong>de</strong> 1942, houve um aumento da preocupação com a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se formar professores para os cursos profissio<strong>na</strong>is, ou <strong>de</strong><br />

aprendizagem. No entanto o registro <strong>de</strong> professores durante os vinte anos <strong>de</strong><br />

vigência da Reforma Capanema era obtido mediante exames <strong>de</strong> suficiência,<br />

contrariamente ao que preconizava o artigo 53 da Lei Orgânica do Ensino Industrial,<br />

que dizia: “a formação <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> discipli<strong>na</strong>s <strong>de</strong> cultura geral, <strong>de</strong> cultura<br />

técnica ou <strong>de</strong> cultura pedagógica, e bem assim <strong>de</strong> práticas educativas, <strong>de</strong>verá ser<br />

feita em cursos apropriados”.<br />

A Lei <strong>de</strong> 1942, por sua vez, implementou um quarto ano após o término do<br />

curso técnico que daria conta da formação pedagógica para atuar no ensino<br />

industrial; a estes egressos inclusive dava-se pela Lei o direito a cursar Pedagogia.<br />

Entretanto Amorim (2004) nos informa que a Lei só foi regulamentada em 1954,<br />

portanto os cursos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>moraram mais <strong>de</strong> 10 anos para começarem a<br />

funcio<strong>na</strong>r.<br />

Machado (2010) conclui que após a reformulação do ensino industrial em<br />

1942 o quadro docente <strong>de</strong> cultura geral foi sendo formado por professores<br />

provenientes <strong>de</strong> outra(s) instituição(ões) <strong>de</strong> ensino superior em Curitiba.<br />

Um acordo entre Brasil e Estados Unidos firmado em 1946, abriu a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação para atuar <strong>na</strong>s áreas técnicas em todo o Brasil. Chamada<br />

Comissão Brasileiro-America<strong>na</strong> Industrial (CBAI) tinha como objetivos:<br />

Trei<strong>na</strong>r professores para atuarem no ensino industrial;<br />

Produzir material didático para esta área 91 .<br />

A CBAI oferta os primeiros cursos em 1947, no entanto, estes não<br />

funcio<strong>na</strong>ram <strong>de</strong> maneira a agradar os docentes e passou por vários percalços.<br />

Em 1957, já no que Machado chamou segunda fase <strong>de</strong> atuação da CBAI, foi<br />

implantado <strong>na</strong> Escola Técnica <strong>de</strong> Curitiba o Centro <strong>de</strong> Pesquisas e Trei<strong>na</strong>mento <strong>de</strong><br />

Professores (CPTP). O público-alvo do Centro eram professores da área técnica,<br />

91 Outro objetivo da CBAI se voltava à orientação vocacio<strong>na</strong>l dos cursistas (educacio<strong>na</strong>l e<br />

profissio<strong>na</strong>l).

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