desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

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Entendemos que pela educação as mulheres têm mais condições de
mudanças e alternativas para ingressar na carreira acadêmica de maneira igualitária
em relação aos homens, inclusive no que diz respeito à escolha de quais áreas
seguir. Nesse sentido incluímos aqui uma breve retrospectiva do ramo de ensino
objeto de nossas análises: a história do ensino industrial/profissional no Brasil nos
interessa porque aparece para contextualizar a criação e a trajetória da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná.
Objeto de inúmeros estudos e discussões, a questão da educação
profissional passou recentemente por um novo entendimento que tem no conceito
de educação tecnológica o cerne principal. Ao se entender de que se trata a
educação tecnológica e de que concepções estão por trás de uma instituição que se
propõe a oferecê-la, tem-se um foco de análise e de percepção da realidade que se
distancia daquilo que acabou se transformando a educação industrial/profissional no
início do século XX.
O fio condutor de nossas reflexões, inseridas nas discussões que têm as
inter-relações entre Tecnologia, Trabalho, Ciência e Educação como foco, é uma
conceituação imbricada de Ciência e Tecnologia:
A ciência e a tecnologia são, portanto, construções sociais complexas,
forças intelectuais e materiais do processo de produção e reprodução
social. Como processo social, participam e condicionam as mediações
sociais, porém não determinam por si só a realidade, não são autônomas,
nem neutras e nem somente experimentos, técnicas, artefatos ou máquinas;
constituem-se na interação ação-reflexão-ação de práticas, saberes e
conhecimentos: são, portanto, trabalho, relações sociais objetivadas (LIMA
FILHO e QUELUZ, 2005, p. 20).
A partir da década de 1990, com as transformações não só na educação,
bem como na política e economia no Brasil, alguns pesquisadores se concentram
em teorizar a respeito de um modelo de educação técnico-profissional integrada aos
“novos” arranjos sociais, econômicos, tecnológicos, enfim.
Neste novo momento da educação profissional no Brasil, autores e autoras
vão redefinir o conceito e chegar a uma concepção filosófica de formação integral do
indivíduo.