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desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

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matrículas <strong>na</strong>quele nível <strong>de</strong> ensino, próximo <strong>de</strong> 56%, segundo dados do Censo 2006<br />

do Mec/Inep.<br />

é inescapável a observação <strong>de</strong> que a trajetória da mulher brasileira nos<br />

últimos séculos é, para dizer pouco, extraordinária: <strong>de</strong> <strong>uma</strong> educação no lar e<br />

para o lar, no período colonial, para <strong>uma</strong> participação tímida <strong>na</strong>s escolas<br />

públicas mistas do século 19; <strong>de</strong>pois, <strong>uma</strong> presença significativa <strong>na</strong> docência<br />

do ensino primário, seguida <strong>de</strong> <strong>uma</strong> presença hoje majoritária em todos os<br />

níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, bem como <strong>de</strong> <strong>uma</strong> expressiva participação <strong>na</strong><br />

docência da educação superior (RISTOFF, 2008, p. 27).<br />

Conforme veremos a seguir, o processo <strong>de</strong> acesso à escolarização e<br />

posteriormente aos cursos normais favoreceu um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> garotas em um<br />

curto período em relação à história da h<strong>uma</strong>nida<strong>de</strong>; veremos também nos dados<br />

relativos à Universida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, objeto <strong>de</strong> nosso estudo,<br />

quando abriu as portas ofertando níveis elementares <strong>de</strong> formação, que as<br />

professoras ou normalistas já estavam escrevendo sua história e a história da<br />

educação profissio<strong>na</strong>l no Brasil.<br />

Melo (2008) acredita que a universalização da educação abriu portas às<br />

<strong>mulheres</strong>, que se mantinham concentra<strong>das</strong> especialmente em alg<strong>uma</strong>s áreas.<br />

Segundo a autora, áreas como Engenharias, Matemática, Física (Ciências Exatas<br />

em geral), não são as mais favoráveis à participação <strong>de</strong> <strong>mulheres</strong>. No entanto ela é<br />

otimista, afirmando que<br />

inegavelmente as <strong>mulheres</strong> estão presentes <strong>na</strong> produção do conhecimento<br />

no Brasil e, em certas áreas, como <strong>na</strong>s ciências h<strong>uma</strong><strong>na</strong>s e sociais, a<br />

presença femini<strong>na</strong> é inequívoca e sua atuação expressiva [...] Mas é preciso<br />

lembrar que as <strong>mulheres</strong> ainda continuam sujeitas a padrões diferenciados<br />

por gênero <strong>na</strong> escolha <strong>de</strong> carreiras profissio<strong>na</strong>is próximas do estereótipo do<br />

ser mulher (MELO, 2008, p. 82. Grifos da autora.).<br />

As mudanças estão ocorrendo e isso representa um gran<strong>de</strong> passo para a<br />

diminuição <strong>das</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s e para a <strong>de</strong>rrubada <strong>de</strong> pré-conceitos e estereótipos<br />

que mantiveram as <strong>mulheres</strong> durante tanto tempo em espaços reservados –<br />

exclu<strong>de</strong>ntes e <strong>de</strong>svalorizados.

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