desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR
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sua história. Com a pesquisa <strong>de</strong> campo <strong>de</strong>scobrimos que nem toda a documentação<br />
da história da instituição foi preservada, o que nos limitou quanto à perspectiva e<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados disponíveis. Para suprir esta dificulda<strong>de</strong> fomos orienta<strong>das</strong> a<br />
pesquisar em outro <strong>de</strong>partamento responsável por armaze<strong>na</strong>r informações.<br />
Chegamos então ao Departamento <strong>de</strong> Recursos H<strong>uma</strong>nos que forneceu os dados<br />
mais recentes: década <strong>de</strong> 80 e 90 do século passado e a primeira década <strong>de</strong>ste; os<br />
dados foram <strong>de</strong> muito valor para que pudéssemos ter um panorama <strong>de</strong> como se<br />
configurou numericamente o quadro funcio<strong>na</strong>l do campus Curitiba <strong>na</strong>s últimas três<br />
déca<strong>das</strong>.<br />
Po<strong>de</strong>-se perceber então que ficamos com um “buraco” que vai <strong>de</strong> 1965 a<br />
1979 e para que chegássemos a estes dados fomos ao Arquivo Geral. O setor, que<br />
é responsável por armaze<strong>na</strong>r dados <strong>de</strong> todos os alunos que passaram pela<br />
instituição, também mantém pastas <strong>de</strong> quase todos os servidores e servidoras<br />
aposentados e i<strong>na</strong>tivos, efetivos ou contratados 2 . Estes dados foram muito valiosos,<br />
pois se complementaram, ratificando e retificando alg<strong>uma</strong>s informações durante toda<br />
a busca.<br />
Tive livre acesso às três fontes: ao Nudhi, ao Derhu e ao Arquivo Geral, e<br />
em todos estes lugares tive auxílio <strong>de</strong> pessoas envolvi<strong>das</strong> com o armaze<strong>na</strong>mento e<br />
conservação dos materiais e dados, o que facilitou minha investigação nos quase<br />
seis meses <strong>de</strong> coleta.<br />
A partir da <strong>de</strong>scoberta da existência <strong>de</strong> documentos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1910 partimos<br />
para <strong>uma</strong> tentativa <strong>de</strong> interpretar o que encontramos, <strong>de</strong> maneira a enten<strong>de</strong>r as<br />
posições ocupa<strong>das</strong> e <strong>de</strong> que maneira estas posições <strong>de</strong>limitaram a dissemi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong><br />
informações a respeito da atuação <strong>das</strong> <strong>mulheres</strong>. À medida que enten<strong>de</strong>mos em<br />
quais posições ou espaços elas atuavam, po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>r qual o valor dado a<br />
estas posições e espaços <strong>de</strong>ntro da lógica que envolvia a instituição à época.<br />
Quando então se mostrou clara a problematização, atentamos para um<br />
objetivo que norteou minhas buscas a seguir. Os primeiros dias <strong>de</strong> análise <strong>de</strong><br />
documentos esclareceram que sim, elas estiveram sempre presentes <strong>na</strong> história da<br />
instituição, levando-me a questio<strong>na</strong>r então sobre on<strong>de</strong> estavam as <strong>mulheres</strong>;<br />
2 No sistema informatizado do Arquivo Geral os registros mais antigos que localizamos foram do ano<br />
<strong>de</strong> 1938; <strong>de</strong>ntre eles encontramos os nomes <strong>de</strong> duas professoras, <strong>uma</strong> aposentada em 1968 por<br />
ida<strong>de</strong> e outra que faleceu em 1971 enquanto ainda trabalhava <strong>na</strong> instituição.