26.07.2014 Views

desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

84<br />

níveis: escolar – escola que se diz mista e igualitária, que a autora vai chamar<br />

“pseudo-mista”; profissio<strong>na</strong>l – tendo <strong>de</strong> enfrentar um mercado <strong>de</strong> trabalho cruel e <strong>de</strong><br />

rigi<strong>de</strong>z exacerbada, e familiar – tendo <strong>de</strong> conciliar a vida profissio<strong>na</strong>l à familiar<br />

(FERRAND, 1994, p. 364).<br />

As <strong>mulheres</strong> que conseguem romper com esta dinâmica <strong>de</strong> exclusão no<br />

nível escolar, apontam <strong>uma</strong> saída como <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>nte: <strong>de</strong>monstrar excelência<br />

escolar (FERRAND, 1994). Essa dinâmica acaba sendo reproduzida nos níveis<br />

profissio<strong>na</strong>l e familiar, quando muitas daquelas <strong>mulheres</strong> terão <strong>de</strong> se sobressair ou<br />

mesmo ter um <strong>de</strong>sempenho superior ao dos homens <strong>na</strong>s mesmas posições,<br />

justamente para superar o fato <strong>de</strong> serem consi<strong>de</strong>ra<strong>das</strong> inferiores. Muitas pesquisas<br />

apontam para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> distinção dos homens: <strong>de</strong>vem ter <strong>de</strong>sempenho<br />

melhor para alcançar posições por ora iguais às <strong>de</strong>les; <strong>de</strong>vem ter gosto pelas<br />

Ciências e ter próximo a elas <strong>mulheres</strong> cientistas como exemplo, quase como um<br />

símbolo <strong>de</strong> permissão ao campo protegido e sagrado da carreira científica<br />

(FERRAND, 1994; TABAK, 2002).<br />

Ferrand (1994) afirma que <strong>de</strong>ntre aquelas que optam por profissões<br />

“masculi<strong>na</strong>s” os salários vão ser menores que os dos colegas homens; quando há<br />

homens <strong>na</strong>s mesmas profissões “femini<strong>na</strong>s”, eles necessariamente vão ganhar mais<br />

que as colegas <strong>mulheres</strong>; e ainda, quanto mais se aumenta o nível hierárquico,<br />

menos <strong>mulheres</strong> encontramos.<br />

Uma <strong>das</strong> soluções para a questão passa pela obtenção do diploma<br />

universitário, condição necessária para a entrada em alg<strong>uma</strong>s profissões, o que por<br />

si só não é suficiente para abrir “os caminhos do po<strong>de</strong>r” às <strong>mulheres</strong>, já que elas<br />

ten<strong>de</strong>m a permanecer em profissões “femini<strong>na</strong>s” ganhando menos. Por outro lado a<br />

chegada ao mais alto nível <strong>de</strong> ensino é um passo importante para conquistar <strong>uma</strong><br />

equida<strong>de</strong> <strong>na</strong>s áreas <strong>de</strong> pesquisa e trabalho no Brasil.<br />

Acreditamos estar ocorrendo um avanço gradativo em relação à participação<br />

<strong>das</strong> <strong>mulheres</strong> no ensino superior e isso implica no aumento <strong>de</strong> <strong>mulheres</strong> fazendo<br />

pesquisa 70 : Ristoff (2008) aponta que as <strong>mulheres</strong> representam a maioria <strong>das</strong><br />

70 Em relação ao número <strong>de</strong> matrículas em cursos <strong>de</strong> nível superior no Brasil, as matrículas femini<strong>na</strong>s<br />

são quase 56% em 2009. Os cursos mais procurados por elas são os Bacharelados (70%). INEP.<br />

Sinopses Estatísticas da Educação Superior – Graduação. Disponível em:<br />

Acesso em 20 fev. 2011.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!