desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR
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docentes <strong>de</strong> diferentes áreas do conhecimento se integrarem e pensarem juntos a<br />
educação tecnológica. Possibilida<strong>de</strong>s para a socieda<strong>de</strong> brasileira que tem n<strong>uma</strong><br />
nova etapa da educação profissio<strong>na</strong>l possibilida<strong>de</strong>s para alcançarmos o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong><br />
formação integral.<br />
A proposta <strong>de</strong> Ciavatta é que haja compromisso por parte <strong>de</strong> alguns<br />
agentes:<br />
O papel dos intelectuais, dos professores, é “pôr or<strong>de</strong>m <strong>na</strong>s i<strong>de</strong>ias”<br />
mistificadoras que sob a égi<strong>de</strong> da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>m reduzir o<br />
conhecimento a <strong>uma</strong> ciência antiética, abstraída <strong>de</strong> suas consequências<br />
para a h<strong>uma</strong>nida<strong>de</strong>, ou reduzi-lo ao exercício <strong>de</strong> técnicas produtivas e a<br />
práticas que não conduzem à amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> visão que o conhecimento social<br />
contém. Também é seu papel pôr “or<strong>de</strong>m <strong>na</strong>s i<strong>de</strong>ias” sobre a<br />
responsabilida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> em organizar-se para gerir a distribuição <strong>de</strong><br />
renda e <strong>de</strong> conhecimento e universalizar a educação básica até o nível<br />
médio, <strong>de</strong> modo a garantir padrões h<strong>uma</strong>nizados <strong>de</strong> vida a toda a<br />
população (CIAVATTA, 2010, p. 170).<br />
E acrescenta:<br />
Cabe aos senhores gestores <strong>das</strong> universida<strong>de</strong>s tecnológicas e <strong>das</strong> políticas<br />
públicas gover<strong>na</strong>mentais e institucio<strong>na</strong>is, engenheiros especializados,<br />
cientistas <strong>das</strong> áreas afins respon<strong>de</strong>r às questões do ensino e da pesquisa<br />
como um compromisso científico-tecnológico e ético-político. [...] Significa,<br />
ainda, empenhar-se <strong>na</strong> produção, minimamente, autônoma e sobera<strong>na</strong> da<br />
ciência e da tecnologia para respon<strong>de</strong>r aos problemas can<strong>de</strong>ntes do país<br />
(CIAVATTA, 2010, p. 171-172).<br />
Seria ingênuo pensar que mantendo as <strong>mulheres</strong> longe <strong>das</strong> <strong>de</strong>cisões<br />
chegaríamos efetivamente a realizar estes i<strong>de</strong>ais. Para cumprir com estes<br />
propósitos, instituições têm <strong>de</strong> sofrer mudanças, assim como, indiscutivelmente, o<br />
campo científico-tecnológico tem que passar por <strong>uma</strong> reestruturação que questione<br />
sua constituição e formas <strong>de</strong> atuação, <strong>de</strong> maneira a abrir espaço a to<strong>das</strong> as pessoas<br />
que tenham possibilida<strong>de</strong> e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> chegar até ele. Assim como coloca Tabak<br />
(2002), é inconcebível que se <strong>de</strong>spreze o potencial <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> da população que<br />
po<strong>de</strong> contribuir assim como a outra meta<strong>de</strong>, nesse momento em que fazer Ciência e<br />
produzir Tecnologia são indispensáveis para o <strong>de</strong>senvolvimento econômico, político<br />
e social do país.<br />
Este resumo <strong>de</strong> como foram os caminhos do ensino industrial/profissio<strong>na</strong>l no<br />
país nos induzem a pensar sobre que bases a Universida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral do