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desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

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as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>na</strong> representação do sexo <strong>de</strong>ntro da ativida<strong>de</strong> científica<br />

constituem <strong>uma</strong> negação dos direitos h<strong>uma</strong>nos. A <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso<br />

a ativida<strong>de</strong>s intelectuais, tais como a carreira científica, implica também um<br />

acesso <strong>de</strong>sigual a posições <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r (STOLTE-HEISKANEN, 1998 apud<br />

TABAK, 2002, p. 54).<br />

Segundo a mesma autora as <strong>mulheres</strong> tiveram sim mais acesso ao nível<br />

superior <strong>de</strong> ensino, porém menos incentivos e possibilida<strong>de</strong>s para seguir carreiras<br />

científicas, o que as relega a permanecerem sub-representa<strong>das</strong>:<br />

a domi<strong>na</strong>ção masculi<strong>na</strong> <strong>na</strong> Ciência acarreta consequências não ape<strong>na</strong>s<br />

epistemológicas, tais como distorções <strong>na</strong>s afirmações do conhecimento<br />

científico em geral, mas também resulta em lacu<strong>na</strong>s substanciais no nosso<br />

conhecimento. A invisibilida<strong>de</strong> <strong>das</strong> <strong>mulheres</strong> <strong>na</strong> Ciência, em muitas<br />

discipli<strong>na</strong>s conduz à ausência dos interesses <strong>de</strong> pesquisas e, portanto, <strong>de</strong><br />

informação, em muitas áreas problemáticas, que afetam a vida <strong>das</strong><br />

<strong>mulheres</strong> (STOLTE-HEISKANEN, 1998 apud TABAK, 2002, p. 54).<br />

Enten<strong>de</strong>-se que o avanço nos números relativos ao ensino superior<br />

possibilita <strong>uma</strong> extensão aos níveis <strong>de</strong> atuação <strong>das</strong> <strong>mulheres</strong> <strong>na</strong> Ciência, elevando<br />

numérica e qualitativamente.<br />

Ainda assim, <strong>de</strong>stacamos que, aceitar a baixa participação <strong>das</strong> <strong>mulheres</strong> em<br />

alg<strong>uma</strong>s áreas da Ciência e da Tecnologia é também restringir o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

sobre questões que lhes dizem respeito, e isso é problemático já que se sabe que as<br />

<strong>mulheres</strong> representam parte significativa dos que são afetados pelas <strong>de</strong>scobertas<br />

científicas. Além disso, restringi-las a alguns campos do conhecimento acaba por<br />

contribuir para a segregação <strong>das</strong> <strong>mulheres</strong> em áreas específicas – situação a que<br />

chamamos divisão sexual do trabalho. Cabe a nós a<strong>de</strong>ntrarmos nessa problemática<br />

para <strong>na</strong> sequência visualizar como a educação po<strong>de</strong> contribuir para possibilitar<br />

mudanças.

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