26.07.2014 Views

desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

126<br />

articulou o sistema <strong>de</strong> ensino regular com o profissio<strong>na</strong>l, <strong>na</strong> medida em que<br />

incorporou ao sistema regular os cursos técnicos <strong>de</strong> nível médio,<br />

estabelecendo a equivalência ple<strong>na</strong> entre os cursos propedêuticos e os<br />

profissio<strong>na</strong>lizantes. Essa lei reuniu <strong>na</strong> mesma estrutura os dois sistemas,<br />

passando a existir dois ramos <strong>de</strong> ensino médio diferenciados, mas<br />

equivalentes: um propedêutico representado pelo científico e outro<br />

profissio<strong>na</strong>lizante, com os cursos normal (magistério), industrial, comercial e<br />

agrícola (DELMONDES, 2006, p. 74).<br />

Delmon<strong>de</strong>s <strong>de</strong>staca as principais inovações referentes ao ensino<br />

profissio<strong>na</strong>l:<br />

O ensino <strong>de</strong> 1º grau, <strong>de</strong> 1ª a 4ª séries, teria o currículo composto <strong>de</strong><br />

discipli<strong>na</strong>s que abrangessem conteúdos generalizantes;<br />

A partir da 5ª série, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discipli<strong>na</strong>s vocacio<strong>na</strong>is volta<strong>das</strong> para<br />

sondagem <strong>de</strong> aptidões e iniciação para o trabalho, aumentaria conforme se<br />

avançasse <strong>na</strong>s séries;<br />

Quanto ao ensino <strong>de</strong> 2º grau, os conteúdos <strong>de</strong>veriam enfatizar a formação<br />

profissio<strong>na</strong>l prepon<strong>de</strong>rando sobre a educação geral, pois a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> era<br />

proporcio<strong>na</strong>r a habilitação profissio<strong>na</strong>l ao aluno (DELMONDES, 2006, p. 76).<br />

Segundo Kuenzer (1991) permanecia a lógica segregatória já que os<br />

trabalhadores, sem perspectiva <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudos (acesso à educação<br />

superior) seguiram escolhendo cursos profissio<strong>na</strong>lizantes, e os <strong>de</strong> classes mais altas<br />

iam para o propedêutico que lhes daria acesso à universida<strong>de</strong>. Delmon<strong>de</strong>s (2006)<br />

concorda com a manutenção da dualida<strong>de</strong> até os dias <strong>de</strong> hoje e afirma que, <strong>de</strong>vido à<br />

origem social, a pessoa acabava ficando condicio<strong>na</strong>da a um tipo <strong>de</strong> ensino, que, ao<br />

ser concluído, funcio<strong>na</strong>va como última possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso, ocasio<strong>na</strong>ndo o<br />

abandono dos bancos escolares.<br />

“Após <strong>uma</strong> série <strong>de</strong> reformas educacio<strong>na</strong>is <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>das</strong> ao ajuste da<br />

educação aos novos objetivos e à nova or<strong>de</strong>m social, promulgou-se a Lei n. 5.692<br />

<strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1971” (DELMONDES, 2006, p. 75). Com ela duas foram as<br />

maiores modificações: instituiu-se que a todos os que cursassem o segundo grau<br />

seria dado o título <strong>de</strong> profissio<strong>na</strong>l e se substituiu a equivalência entre os ramos<br />

profissio<strong>na</strong>l e propedêutico (KUENZER, 1997). Segundo a autora isto se <strong>de</strong>u porque<br />

os interesses políticos e econômicos do Estado ansiavam por ter ao alcance vasta

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!