desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR
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80<br />
mestrado, são 52%, e, no doutorado e pós-doutorado, 51%, a maioria. No entanto<br />
ela também chama atenção para <strong>uma</strong> problemática:<br />
é interessante perceber que entre os bolsistas <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> em<br />
pesquisa, estrato no qual estão os pesquisadores mais bem avaliados do<br />
país, as <strong>mulheres</strong> passam a representar ape<strong>na</strong>s 34%. Ao <strong>de</strong>sagregarmos<br />
este dado por categoria, vemos que as <strong>mulheres</strong> têm um peso relativo que<br />
cai conforme sobe o nível hierárquico. Enquanto entre os pesquisadores<br />
avaliados <strong>na</strong> categoria 2 (mais baixa), as <strong>mulheres</strong> representam 37%, <strong>na</strong><br />
categoria 1A (mais alta), o peso feminino cai para ape<strong>na</strong>s 23,6%. Ou seja,<br />
também no campo científico, há <strong>uma</strong> clara dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> progressão<br />
femini<strong>na</strong> se tomamos como referência a dinâmica masculi<strong>na</strong> 67 (Grifos<br />
nossos.).<br />
Ela aponta que nos níveis <strong>de</strong> maior prestígio o número <strong>de</strong> <strong>mulheres</strong> diminui,<br />
evi<strong>de</strong>nciando <strong>uma</strong> dificulda<strong>de</strong> assim como acontece em outros âmbitos sociais.<br />
É notório que estamos vendo um processo crescente, mas não po<strong>de</strong>mos<br />
achar que isso é suficiente, já que, conforme vemos <strong>na</strong> história <strong>das</strong> <strong>mulheres</strong> <strong>na</strong><br />
Ciência e <strong>na</strong> Tecnologia e nos números do Censo do CNPq, há <strong>uma</strong> concentração<br />
<strong>de</strong> <strong>mulheres</strong> em <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>das</strong> carreiras e <strong>de</strong> homens em outras, o que acaba por<br />
reforçar os papéis imputados a homens e <strong>mulheres</strong>.<br />
Em relação aos números <strong>de</strong> pesquisadores por sexo no Brasil, observamos<br />
a tabela 2:<br />
Tabela 2 – Pesquisadores por Sexo no Brasil (%)<br />
Ano 1995 1997 2000 2002 2004 2006 2008<br />
Feminino 39 42 44 46 47 48 49<br />
Masculino 61 58 56 54 53 52 51<br />
Total 100 100 100 100 100 100 100<br />
Fonte: Censo CNPq – 30/11/2008 68<br />
Na tabela 2 percebemos que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995 o percentual <strong>de</strong> pesquisadoras<br />
cresce, o que comprova que meta<strong>de</strong> da população brasileira representa<br />
tecnicamente meta<strong>de</strong> da força <strong>de</strong> trabalho em Ciência e Tecnologia no país. 49%<br />
67<br />
Perfil da ciência brasileira é cada vez mais feminino. Disponível em:<br />
http://www.mais<strong>mulheres</strong>nopo<strong>de</strong>rbrasil.com.br/noticia_geral.php?id=143 Acesso em: 21 fev. 2010.<br />
68<br />
Perfil da ciência brasileira é cada vez mais feminino. Disponível em:<br />
http://www.mais<strong>mulheres</strong>nopo<strong>de</strong>rbrasil.com.br/noticia_geral.php?id=143 Acesso em: 21 fev. 2010.