desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR
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<strong>de</strong>cretos posteriores tiveram como objetivo impulsio<strong>na</strong>r esta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino<br />
(DELMONDES, 2006).<br />
Para a autora, o contexto da Reforma da Educação Profissio<strong>na</strong>l está<br />
engendrado com os fatores socioeconômicos, tecnológicos e políticos, além da<br />
própria subordi<strong>na</strong>ção do Estado aos interesses do capitalismo, tor<strong>na</strong>ndo-se o que<br />
ela chamou <strong>de</strong> Estado “mínimo gestor”, gerando mudanças que<br />
criaram um novo paradigma educacio<strong>na</strong>l orientado predomi<strong>na</strong>ntemente pela<br />
racio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> do capital, que conduz à subsunção da esfera educação à<br />
esfera econômica, <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ndo um processo <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>do como<br />
mercantilização da educação, orientado pela lógica da competência e pela<br />
i<strong>de</strong>ologia da empregabilida<strong>de</strong>, como é o caso da Educação Profissio<strong>na</strong>l<br />
(DELMONDES, 2006, p. 79).<br />
A respeito da nova fase da educação profissio<strong>na</strong>l no Brasil, Delmon<strong>de</strong>s<br />
(2006) afirma que as modificações são em favor da formação eficaz do trabalhador<br />
para o mundo do trabalho e para a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudos.<br />
Reformas propostas afetam todos os níveis <strong>de</strong> ensino, mas em se tratando<br />
<strong>de</strong> nosso objeto <strong>de</strong> estudo, o Cefet-Pr foi atingido pelo Programa <strong>de</strong> Expansão da<br />
Educação Profissio<strong>na</strong>l (Proep), programa do MEC (Ministério <strong>de</strong> Educação e<br />
Cultura), fi<strong>na</strong>nciado pelo BID (Banco Interamericano <strong>de</strong> Desenvolvimento) e pelo<br />
FAT (Fundo <strong>de</strong> Amparo ao Trabalhador). O Proep, responsável <strong>de</strong>ntre outras coisas<br />
pela extinção dos cursos técnicos integrados ao ensino médio, foi muito criticado no<br />
período.<br />
Um dos subprogramas afetou especialmente os Cefets por prever a<br />
transformação <strong>de</strong>stes em centros <strong>de</strong> referência para a Educação Profissio<strong>na</strong>l.<br />
Inúmeros autores criticaram estes mo<strong>de</strong>los (GENTILI, 1998; FRIGOTTO, 1998 apud<br />
DELMONDES, 2006), e criticaram especialmente a aceitação <strong>de</strong> ser controlado pelo<br />
BID – como os investimentos oferecidos eram altos, ficou difícil dizer não às<br />
imposições, o que, segundo Delmon<strong>de</strong>s (2006), trouxe prejuízos ao trabalhador, à<br />
educação profissio<strong>na</strong>l e à socieda<strong>de</strong> como um todo.<br />
A Reforma apoiada pelo Proep criou um sistema <strong>de</strong> educação profissio<strong>na</strong>l<br />
separado do ensino médio e do ensino superior; a partir <strong>de</strong> então <strong>de</strong>veriam ser<br />
ofertados cursos pós-médio e cursos livres <strong>de</strong> ensino básico e <strong>de</strong> aperfeiçoamento<br />
(DELMONDES, 2006).