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desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

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187<br />

transformação do Cefet-Pr em universida<strong>de</strong> tecnológica (LIMA FILHO, 2010,<br />

p. 152) 136 .<br />

Ciavatta (2010) cita que o caminho foi sendo possibilitado porque os Cefets,<br />

quando criados pela Lei n. 6.545/78, receberam o caráter <strong>de</strong> instituição universitária<br />

em termos administrativos e em relação aos objetivos educacio<strong>na</strong>is por eles<br />

expressos e assumidos. Com estatuto e autonomia postos, os Cefets tiveram a<br />

condição <strong>de</strong> ampliar suas funções e promover cursos <strong>de</strong> graduação e pósgraduação,<br />

licenciatura (ple<strong>na</strong> e curta), formar auxiliares e técnicos industriais <strong>de</strong><br />

nível médio, ofertar cursos <strong>de</strong> extensão para a comunida<strong>de</strong> inter<strong>na</strong> e exter<strong>na</strong>, <strong>de</strong><br />

especialização e <strong>de</strong> aperfeiçoamento, além <strong>de</strong> atuar em pesquisas <strong>na</strong> área técnica<br />

industrial (Artigo 2º da Lei n. 5.540/68).<br />

A autora também acrescenta que a re<strong>de</strong> contava<br />

com equipamentos sofisticados <strong>de</strong> tecnologia para o ensino e a pesquisa, e<br />

há evidência <strong>de</strong> que houve um esforço nesse sentido pelo número<br />

crescente <strong>de</strong> professores que fizeram mestrado e doutorado e trabalham <strong>na</strong><br />

implementação da graduação e da pós-graduação em suas instituições <strong>de</strong><br />

origem (CIAVATTA, 2010, p. 165).<br />

Este histórico serve para <strong>de</strong>monstrar como as bases para a constituição <strong>de</strong><br />

<strong>uma</strong> instituição universitária estavam sendo postas há alg<strong>uma</strong>s déca<strong>das</strong> e a<br />

concretização acabou acontecendo num período em que as modificações em<br />

relação ao que se espera <strong>de</strong> <strong>uma</strong> instituição <strong>de</strong> ensino profissio<strong>na</strong>l estão postas às<br />

vistas <strong>de</strong> toda a comunida<strong>de</strong>, que enten<strong>de</strong> que o fator educação é imprescindível no<br />

processo <strong>de</strong> formação dos cidadãos e cidadãs.<br />

Voltando à questão da caracterização nesta quarta fase, citamos como a<br />

instituição se configura atualmente. Com onze campi, distribuídos <strong>na</strong>s cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Apucara<strong>na</strong>, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão,<br />

Londri<strong>na</strong>, Medianeira, Pato Branco, Ponta Grossa, Toledo e Curitiba, a instituição<br />

136 Lima Filho, no mesmo artigo <strong>de</strong> 2010, argumenta que a instituição <strong>UTFPR</strong> não aten<strong>de</strong> ao que ele<br />

chama “aspectos centrais da universida<strong>de</strong> pública”, pelo contrário, “o mo<strong>de</strong>lo institucio<strong>na</strong>l que vem<br />

sendo conduzido pelos órgãos superiores da <strong>UTFPR</strong> aproxima-se <strong>de</strong> concepções e práticas que têm<br />

como características principais a heteronomia institucio<strong>na</strong>l, o conceito instrumental <strong>de</strong> tecnologia, o<br />

conceito <strong>de</strong> universida<strong>de</strong> como instituição prestadora <strong>de</strong> serviços, a pesquisa e a extensão aplica<strong>das</strong>,<br />

ou seja, foca<strong>das</strong> preferencialmente nos interesses imediatos dos setores empresariais, afastando-se,<br />

assim, dos caminhos da construção <strong>de</strong> <strong>uma</strong> universida<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iramente pública” (2010, p. 154-<br />

155). Sua crítica suscita várias discussões que não são o foco <strong>de</strong>sse trabalho, entretanto merecem<br />

investigação.

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