desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR
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Nesse sentido, o esforço para tentar minimizar a baixa participação femini<strong>na</strong><br />
em C&T tenta trazer à discussão que, “Embora não exista discrimi<strong>na</strong>ção formal ao<br />
acesso <strong>das</strong> <strong>mulheres</strong> à comunida<strong>de</strong> científica” (TABAK, 2002, p. 29) ela segue<br />
acontecendo, já que vemos as <strong>mulheres</strong> seguindo carreiras tradicio<strong>na</strong>lmente<br />
“femini<strong>na</strong>s” e <strong>uma</strong> baixa participação <strong>na</strong> produção <strong>de</strong> C&T.<br />
Tabak atenta para o fato <strong>de</strong> que em países como Bolívia, Chile e Colômbia<br />
os números relativos à participação femini<strong>na</strong> são muito parecidos e ilustram a<br />
dificulda<strong>de</strong> que muitas <strong>mulheres</strong> encontram para ingressar e/ou se manter ativas.<br />
Mulheres que participaram <strong>de</strong> <strong>uma</strong> mesa redonda promovida pela Unesco e<br />
a Fe<strong>de</strong>ração Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Mulheres Universitárias em Lisboa, 1985, i<strong>de</strong>ntificaram<br />
duas causas que dificultam <strong>uma</strong> maior participação <strong>das</strong> <strong>mulheres</strong> em C&T:<br />
institucio<strong>na</strong>l – as instituições não favorecem a mulher, e psicológica – as próprias<br />
<strong>mulheres</strong> não se sentem capazes <strong>de</strong> avançar profissio<strong>na</strong>lmente (TABAK, 2002).<br />
Elas elencaram no mesmo evento diversos pontos para melhoria e <strong>de</strong>ntre<br />
eles um chama atenção, relativo ao fato <strong>de</strong> poucas <strong>mulheres</strong> li<strong>de</strong>rarem:<br />
Romper essa teoria da li<strong>de</strong>rança femini<strong>na</strong> seria algo tão <strong>de</strong>sejável,<br />
conforme os resultados, quanto a adoção <strong>de</strong> estratégias capazes <strong>de</strong> lhe dar<br />
sequência, como, por exemplo, a adoção <strong>de</strong> “patroci<strong>na</strong>dores”, <strong>uma</strong> ação<br />
<strong>das</strong> colegas <strong>mulheres</strong>, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio (TABAK, 2002, p. 40).<br />
Isso significa que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>uma</strong> massa, ou ao estabelecer o que Tabak<br />
chama re<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio, elas teriam condições <strong>de</strong> serem representa<strong>das</strong>, criando meios<br />
para isso.<br />
Stolte-Heiskanen (1988 apud TABAK, 2002, p. 53) apontou em <strong>uma</strong> <strong>de</strong> suas<br />
pesquisas que “a mulher, em todos os países, está sub-representada <strong>na</strong>s posições<br />
<strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, sendo portanto peque<strong>na</strong> a sua influência <strong>na</strong>s esferas social,<br />
econômica, política, cultural e intelectual”, não sendo diferente no campo científicotecnológico.<br />
Preocupar-se com a situação da mulher em C&T é preocupar-se<br />
diretamente com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, já que elas representam parcela<br />
significativa <strong>de</strong> recursos h<strong>uma</strong>nos. Além disso