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desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

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político-social, no qual os interesses se voltavam a <strong>uma</strong> formação que preparasse os<br />

cidadãos para aten<strong>de</strong>r seu país 108 .<br />

O Relatório que traz os dados <strong>de</strong> 1910 a 1922 por exemplo indica que um<br />

total <strong>de</strong> 54 funcionários teria passado pela Escola no período, entre funcionários<br />

efetivos, contratados e interinos.<br />

A respeito da oscilação no total <strong>de</strong> funcionários e funcionárias da Instituição<br />

que vemos <strong>na</strong>s tabelas 4 e 5, po<strong>de</strong>mos dizer que estes números estavam<br />

diretamente ligados aos números <strong>de</strong> matrículas e <strong>de</strong> concluintes <strong>na</strong>s duas primeiras<br />

déca<strong>das</strong>, quando a evasão e os baixos salários eram problemas que a Escola<br />

enfrentava 109 , o que acabava por repercutir <strong>na</strong> redução no número <strong>de</strong> profissio<strong>na</strong>is.<br />

Po<strong>de</strong>mos concluir que as <strong>mulheres</strong> eram sempre requisita<strong>das</strong> porque matrículas<br />

sempre existiram, porém é fato que os números oscilavam tanto para os homens<br />

quanto para as <strong>mulheres</strong>, justamente por causa da flutuação no número <strong>de</strong> alunos.<br />

Como já dissemos, não foi encontrado nenhum documento que falasse<br />

diretamente <strong>das</strong> professoras <strong>das</strong> primeiras déca<strong>das</strong>, e a primeira ficha funcio<strong>na</strong>l 110<br />

encontrada é <strong>de</strong> 1926 da professora Alilat Muricy Borges dos Reis ou Alilat <strong>de</strong><br />

Bittencourt Muricy.<br />

A professora <strong>de</strong> Desenho ingressa <strong>na</strong> re<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> ensino em 1926 <strong>na</strong><br />

Escola Industrial <strong>de</strong> Florianópolis. Em 1928 veio transferida para a Escola Técnica<br />

<strong>de</strong> Curitiba. De 1926, ano <strong>de</strong> ingresso, a 1944 atua como adjunta <strong>de</strong> professor. Em<br />

1945 passa a professora industrial da discipli<strong>na</strong> <strong>de</strong> Desenho Or<strong>na</strong>mental. Aposentase<br />

em 1956 e vem a falecer em 1986.<br />

108 Além do exposto em capítulo anterior, para saber mais a respeito do cenário político, social e<br />

econômico que <strong>de</strong>terminou os caminhos seguidos pela Escola, ver as teses <strong>de</strong> Queluz (2000),<br />

Amorim (2004) e Machado (2010).<br />

109 Já em 1918 o Ministro da Agricultura da época e o então presi<strong>de</strong>nte Wenceslau Brás aprovaram<br />

um Decreto que consistia num novo regulamento para as Escolas que <strong>de</strong>veriam estar pensa<strong>das</strong> para<br />

ajudar no processo <strong>de</strong> consolidação e competitivida<strong>de</strong> da mão-<strong>de</strong>-obra <strong>de</strong> trabalho no Brasil. Isso<br />

porque elas passavam por problemas como instalações <strong>de</strong>ficientes; qualificação docente ínfima no<br />

que diz respeito à atuação no ensino industrial, e, nesse caso, alcançando somente pessoal<br />

masculino; salários baixos aos profissio<strong>na</strong>is <strong>das</strong> Escolas; alto índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistência dos alunos; falta<br />

<strong>de</strong> padrão no ensino ofertado pelas Escolas, falta <strong>de</strong> instrumentos e máqui<strong>na</strong>s (QUELUZ, 2000).<br />

110 As fichas funcio<strong>na</strong>is disponíveis no Arquivo Geral da <strong>UTFPR</strong> quase sempre trazem informações<br />

relativas à formação e vida profissio<strong>na</strong>l. Entretanto as mais antigas não estão completas, o que nos<br />

impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer a formação da maioria <strong>das</strong> <strong>mulheres</strong> encontra<strong>das</strong>.

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