desvelando a participação das mulheres na história de uma - UTFPR

148
Observamos uma inconsistência quanto à grafia dos nomes. Muito
provavelmente alguns deles foram alterados após o matrimônio quando ainda era
obrigatório que a mulher adotasse o nome do marido, no entanto, as fichas
funcionais não deram conta de informar a este respeito.
Em suma, o cenário encontrado nesta primeira fase está pautado em
condições bem específicas: são poucas as opções de atuação para as mulheres, e
portanto as contratações se davam de maneira ponderada, de acordo com as
necessidades. Quando afirmamos isso, temos em mente que a partir de uma divisão
sexual do trabalho as necessidades criadas eram especificamente em algumas
áreas.
5.2 SEGUNDA FASE (1937-1970): AS NORMALISTAS DO LICEU INDUSTRIAL DO
PARANÁ
Uma segunda fase da Escola conheceremos a partir do ano de 1937; por
visar primordialmente à formação profissional a Escola será elevada ao estatuto de
Liceu Industrial do Paraná, tendo como grande avanço a instituição do ensino de 1º
grau, correspondente ao atual ensino fundamental.
A partir deste momento teremos uma configuração cada vez mais voltada ao
profissionalizante, portanto, os anos iniciais sendo extintos, o número de mulheres
tenderá a diminuir.
Alguns relatórios são importantes para conhecermos a configuração da
Escola nos anos que antecedem esta nova fase.
Referente ao ano de 1935, o Boletim de Informações do Ministério da
Educação e Saúde 112 traz os seguintes dados: o curso primário complementar tem
seis docentes, destes dois homens e quatro mulheres; no curso de desenho dos
quatro docentes três eram homens e uma mulher, e o curso profissional técnico, os
sete docentes eram homens.
112 Documento disponível no Nudhi, caixa ano 1935.