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capa unijus 4.p65 - Uniube

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____________________4 HABERMAS, Jürgen. Conhecimento e Interesse. Rio de Janeiro: Zahar, 1982, p. 186, 214-215A TEORIA DEMOCRÁTICA DE JÜRGEN HABERMASUNIJUSsubjetivistas e totalitários cartesianos, a talponto de Habermas considera-lo como umdos principais sustentáculos ideológicos dassociedades industriais tecnocráticas.As ciências empíricas e analíticas,fundadas na lógica racional e no cálculotécnico, provocaram uma funcionalizaçãoe reificação do conhecimento, cujo resultadofoi o abandono da reflexão críticae do pensamento humano autêntico.Aos poucos, as ciências se transformamem atividades voltadas para a busca de resultadoseficientes através da transformaçãoda natureza e do mundo, preocupandoseprioritariamente com o planejamento econtrole da vida social, a partir do domínioracional e instrumental da realidadeexterna.Para a construção do novo paradigma,Habermas julga necessária a distinçãoentre as ciências fundamentadasnos métodos empírico-analíticos e asciências históricas e hermenêuticas. Éque as teorias positivistas adotam os métodosempírico-analíticos, transformandoa realidade observável num objeto demanipulação técnica, e com isso reduzema atividade científica a uma tarefameramente instrumental a serviço dosinteresses dominantes. Desse modo, alinguagem se dissocia dos processossociais interativos e dialógicos e a “experiênciabiográfica individualizada” ésuprimida em benefício da “experiênciarepetitiva dos sucessos do agir instrumental”.Ao contrário das teorias positivistasque separam conhecimento e práxishistórico-social, as ciências hermenêuticase históricas reconhecem as relaçõesentre teoria e experiência histórica, sujeitoe objeto de conhecimento, assumindo-secomo atividades críticas e criadorasde novas realidades, a partir do diálogodemocrático com a sociedade. Asteorias críticas buscam “assegurar aintersubjetividade da compreensão nasformas correntes de comunicação e garantiruma ação sob normas que sejamuniversais”, pretendendo assim compreendernos contextos plurais e individualizadosda práxis sócio-cultural, os modosde “auto-concepção dos indivíduose dos grupos”, visando “orientar a açãoe o entendimento recíproco” dos sujeitosna coletividade, sempre pressupondo“a possibilidade de um acordo semcoação e de um reconhecimento mútuosem violência”. Em síntese, as ciênciashermenêuticas orientam-se por um interesseprático e emancipatório, distinto dosinteresses perseguidos pelo conhecimentotécnico. É que as ciências hermenêuticasestão interessadas em compreenderas ações sociais sempre “que entraem crise uma experiência comunicativa”,porém o seu objetivo não é o da“apreensão da realidade objetivada”, masa preocupação com a “conservação deum entendimento intersubjetivo, em cujohorizonte a chamada realidade pode, pelaprimeira vez, irromper como algo”. 4Os estudos de Habermas são o testemunhode um pensamento dialético eanti-dogmático, de uma atitude intelectualaberta ao diálogo e à crítica democrática.Isto lhe permitiu recolher sugestõese contribuições teóricas importantesnos mais diversos campos do conhecimento,tanto que suas influências passampelos filósofos do idealismo alemão,especialmente Kant e Hegel, pelacrítica dialética de Marx e a sociologia13

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