UNIJUSMINIMALISMO E PRINCIPIOLOGIA PENALDefinitivamente, não. Nenhumaabordagem do princípio da legalidade,previsto no artigo 5º da Constituição, podeser feita de maneira descontextualizada.Sendo assim, não se pode, para a esferapenal, apartar o princípio da legalidade eo princípio da liberdade individual. Àmedida que a aplicação de tais princípiosbeneficiam, em tese, os acusados, estarãosendo aplicados em nome da liberdadedestes, havendo, portanto uma racionalponderação de princípios constitucionais.Por conseqüência, acredita-se que osrumos do Direito Penal contemporâneoinexoravelmente estão ligados ao minimalismopenal. Evidentemente, a históriaé construída dialeticamente, de maneiraque a adoção de parâmetrosminimalistas é algo que deverá, ainda,ter muitas ‘idas e vindas’. Porém, caminha-separa a necessária racionalizaçãodo sistema penal. E os princípiosjurídico-penais minimalistas são hoje fortesinstrumentos daqueles que atuamnesta direção.referências bibliográficasARAÚJO JÚNIOR, João Marcello de (org.). Sistema penal para o terceiro milênio. 2.ed. Rio de Janeiro: Revan, 1991.BITENCOURT, Cezar Roberto. Manual de Direito Penal parte geral. v. 1. 6. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2.000.CARVALHO, Márcia Dometila Lima de. Fundamentação constitucional do Direito Penal.Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 1992.CERVINI, Raúl. Os processos de descriminalização. 2. ed. São Paulo: RT, 1994.COELHO, Edihermes Marques. O conceito do crime e o princípio da insignificância. In:Cadernos dos Estudos Jurídicos Contemporâneos. N.º 1. Uberlândia: IICon, 2001.COPETTI, André. Direito Penal e estado democrático de direito. Porto Alegre: Livrariado Advogado, 2.000.FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. 17. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.KEGAN, Paul. The Framework of Human Behavior. Londres: [s.n.], 1974.MACEDO, Gilberto de. Criminologia, 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1977.PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal brasileiro. 2. ed. São Paulo: RT, 2.000.PIMENTEL, Manoel Pedro. O crime e a pena na atualidade. São Paulo: Editora Revistados Tribunais, 1983.ZAFFARONI, Eugenio Raúl; PIERANGELI, José Henrique. Manual de Direito Penalbrasileiro parte geral. São Paulo: RT, 1997.140
MINISTÉRIO PÚBLICOCarlos Alberto Rodrigues Borges*sumário1. Histórico do Ministério Público2. Primórdios do Ministério Público Brasileiroe as Constituiçõesresumo3. O Ministério Público na atual Constituição4. Conclusão5. Referências bibliográficasO Ministério Público é, nos termos da Carta Magna de 1988, essencial à Justiça. Contudo,em que pese a essencialidade de suas atribuições, esta importante instituição continua a seruma incógnita para grande parte da sociedade. Esse artigo pretende ser uma contribuição nosentido de favorecer o acesso ao conhecimento de sua estrutura.1HISTÓRICO DO MINISTÉRIOPÚBLICOAntes de nos posicionarmos a respeitodo Ministério Público Brasileiro, énecessária uma breve abordagem do seusurgimento como instituição. Regressemosum pouco no tempo, para compreendermosum pouco da sua evolução.O Ministério Público, na sua origemnão encontra guarita pacífica na história,não havendo possibilidade de precisaronde tenha surgido, quando, nemcomo. Mas, nem tudo são trevas a respeito,pois como esclarece Hugo NigroMazzili, “há 4.000 anos no Egito, haviauma classe de agentes públicos cujosdeveres consistiam em serem os olhos ea língua do Rei; a eles competiam castigaros rebeldes, reprimir os violentos eproteger os cidadãos pacíficos; acolheros pedidos do homem justo e verdadeiro,perseguindo o malvado e mentiroso,eram como marido para as viúvas e paispara os órfãos; faziam ouvir as palavrasda acusação, indicando as disposiçõeslegais aplicáveis em cada caso além delhes competir tomar parte nas instruçõespara descobrimento da verdade”. MAZ-ZILI (1992 p.)No seu Curso de Processo Penal,Tornaghi afirma que a França foi o primeiropaís a registrar de forma segura osurgimento de um órgão com característicassemelhantes às do atual MinistérioPúblico, foi durante o reinado de LuísIX, que em 1269 extinguiu o tribunal dossenhores feudais. A consolidação domonopólio da distribuição de justiça veioem 1303, com a Ordonnance (Ordenação)primeiro documento a prever a instituiçãodo Ministério Público. Naquelemomento, a instituição fazia-se representarpelos procureurs du roi (Procuradoresdo Rei), cuja função era defender osinteresses do Estado, que eram confundidoscom os interesses da Coroa. Oprincipal papel dos procuradores do reiera o de enfraquecer o poder dos senho-____________________* Carlos Alberto Rodrigues Borges é aluno do 4.º período do Curso de Direito da Universidade de Uberaba141
- Page 1 and 2:
ISSN 1518-8280REVISTAUNIJUSJURÍDIC
- Page 3 and 4:
© Universidade de UberabaMarcelo P
- Page 5 and 6:
Universidade de UberabaAv. Nenê Sa
- Page 7 and 8:
EDITORIALAtarefa de apresentar o qu
- Page 9 and 10:
do agir em conjunto dos homens na e
- Page 11 and 12:
____________________4 HABERMAS, Jü
- Page 13 and 14:
pitalista e não-opressiva. Caso co
- Page 15 and 16:
2OS PARADIGMASDEMOCRÁTICOS:DEMOCRA
- Page 17 and 18:
tes da Constituição são os cidad
- Page 19 and 20:
sociedade. Em outros termos, as lei
- Page 21 and 22:
os como o conjunto de direitos de p
- Page 23 and 24:
A TEORIA DEMOCRÁTICA DE JÜRGEN HA
- Page 25 and 26:
medida em que eles são adequadose,
- Page 27 and 28:
As leis, aprovadas pelo parlamento
- Page 29 and 30:
já que os argumentos morais não s
- Page 31 and 32:
principal para o exercício da auto
- Page 33 and 34:
vontade e opinião do público. A p
- Page 35 and 36:
A TEORIA DEMOCRÁTICA DE JÜRGEN HA
- Page 37 and 38:
ANOTAÇÕES SOBRE O DEVIDOPROCESSO
- Page 39 and 40:
ANOTAÇÕES SOBRE O DEVIDO PROCESSO
- Page 41 and 42:
ANOTAÇÕES SOBRE O DEVIDO PROCESSO
- Page 43 and 44:
ANOTAÇÕES SOBRE O DEVIDO PROCESSO
- Page 45 and 46:
ANOTAÇÕES SOBRE O DEVIDO PROCESSO
- Page 47 and 48:
ANOTAÇÕES SOBRE O DEVIDO PROCESSO
- Page 49 and 50:
ANOTAÇÕES SOBRE O DEVIDO PROCESSO
- Page 51 and 52:
AS COMISSÕES DECONCILIAÇÃO PRÉV
- Page 53 and 54:
pria lei. Elas compõem-se de 2 a 1
- Page 55 and 56:
3.2. Do princípio da inafastabilid
- Page 57 and 58:
que com o afirmado inadimplemento,
- Page 59 and 60:
que esta preencha as condições e
- Page 61 and 62:
AS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉ
- Page 63 and 64:
operada exclusão de sócio minorit
- Page 65 and 66:
indagação: seria ele aplicável s
- Page 67 and 68:
por justa causa não precisa que se
- Page 69 and 70:
A EXCLUSÃO DE SÓCIO PELA MAIORIA
- Page 71 and 72:
A EXCLUSÃO DE SÓCIO PELA MAIORIA
- Page 73 and 74:
A FLEXIBILIZAÇÃO DASRELAÇÕES DE
- Page 75 and 76:
As cruzadas também desempenharamim
- Page 77 and 78:
qual foi firmado o compromisso de u
- Page 79 and 80:
modelos tradicionais de organizaç
- Page 81 and 82:
Pelo quadro acima é possível visl
- Page 83 and 84:
“La revolución en los medios dec
- Page 85 and 86:
“En Alemania, en los casos dedesp
- Page 87 and 88: ça, ou contrato de poupança para
- Page 89 and 90: A FLEXIBILIZAÇÃO DAS RELAÇÕES D
- Page 91 and 92: ção (Direito Material) e também
- Page 93 and 94: A eficácia da suspensão é ex nun
- Page 95 and 96: A PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NO PRO
- Page 97 and 98: CONSTRUÇÃO, DESTRUIÇÃO E(RE) CO
- Page 99 and 100: 2.1. A Sociolingüística e as outr
- Page 101 and 102: serviram para identificar estratég
- Page 103 and 104: segurado ao servidor a contagem emd
- Page 105 and 106: Com a intenção de intensificar os
- Page 107 and 108: Neste caso, podemos verificar que n
- Page 109 and 110: LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉNO PROCESSO C
- Page 111 and 112: dos fatos está sujeita às deforma
- Page 113 and 114: tuição das obrigações, como na
- Page 115 and 116: Código imposto, entre os diversos
- Page 117 and 118: vogado somente existirá em razão
- Page 119 and 120: ia à medida cautelar, desaparecem
- Page 121 and 122: LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NO PROCESSO
- Page 123 and 124: da pacificação social é a conden
- Page 125 and 126: LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NO PROCESSO
- Page 127 and 128: disciplina que estuda as condutas h
- Page 129 and 130: conduta criminosa, mas sim no proce
- Page 131 and 132: viu, as políticas criminais. É no
- Page 133 and 134: Não obstante todo esse contexto,n
- Page 135 and 136: 5.1. Princípio da Intervenção M
- Page 137: to Penal e a Criminologia, esta se
- Page 141 and 142: Bahia. No Império a instituição
- Page 143 and 144: MINISTÉRIO PÚBLICOUNIJUSCriança
- Page 145 and 146: MINISTÉRIO PÚBLICOUNIJUSas medida
- Page 147 and 148: MINISTÉRIO PÚBLICOUNIJUSmica cont
- Page 149 and 150: É o bastidor da redação dos proj
- Page 151 and 152: NOSSO CRIME POLÍTICOUNIJUSda Repub
- Page 153 and 154: NOSSO CRIME POLÍTICOUNIJUSGuimarã
- Page 155 and 156: NOSSO CRIME POLÍTICOUNIJUSverno im
- Page 157 and 158: ca, entre outros, e, ainda, a sua o
- Page 159 and 160: O artigo 113 do Código de Processo
- Page 161 and 162: cuti-la em separado para enfatizar
- Page 163 and 164: “Art.55. Se o processo terminar p
- Page 165 and 166: se raciocínio, pois o entendimento
- Page 167 and 168: O INSTITUTO DA DESISTÊNCIA NO DIRE
- Page 169 and 170: da cautelar, a parte fica proibida
- Page 171 and 172: Outro fator acrescentado na novared
- Page 173 and 174: O INSTITUTO DA DESISTÊNCIA NO DIRE
- Page 175 and 176: so, criar um novo eixo de cientific
- Page 177 and 178: SOBERANIA E FEDERALISMOUNIJUS2.4.1.
- Page 179 and 180: trina, em especial a italiana, que
- Page 181 and 182: 4ASPECTOS SIGNIFICATIVOSDA PROBLEM
- Page 183 and 184: RESENHASALEXY, ROBERT.TEORIA DE LOS
- Page 185 and 186: RESENHASUNIJUSa visão contemporân
- Page 187 and 188: Segundo o autor, o modelo puro desc
- Page 189 and 190:
RESENHASBARROSO, PÉRSIO HENRIQUE.C
- Page 191 and 192:
RESENHASGARAPON, ANTOINE.“O JUIZ
- Page 193 and 194:
RESENHASUNIJUScontrário, apresenta
- Page 195 and 196:
INSTRUÇÕES AOSCOLABORADORESA REVI
- Page 197:
documentos de divulgação restrita