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tese-livre-docencia-Jorge-Machado

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2. Protocolos e softwares<br />

No que se refere à criação de valor, Tapscott & Williams (2007; 116-7) ainda ponde -<br />

ram que adotar o software <strong>livre</strong> significa adotar novos modelos mentais. Para eles, “esteve<br />

na moda dizer que a criação de bens públicos é inimiga da criação de riqueza. Linus Torvald<br />

diz com muita propriedade: ‘é como se as obras rodoviárias públicas fosse subtraídas do<br />

setor comercial privado.’ Mesmo que a propriedade pública exclua oportunidades de lucro<br />

privado, os ganhos para o conjunto da economia fazem essas perdas parecerem minúsculas.”<br />

Para quem desenvolve software <strong>livre</strong>, atrair usuários e especialmente colaboradores é<br />

fundamental; com isso se consegue melhor qualidade e velocidade no desenvolvimento.<br />

Pode-se afirmar que o software <strong>livre</strong> tem sua arquitetura toda desenvolvida para a colaboração,<br />

desde a criação, passando pelos repositórios, pelo reuso e modificação do código por<br />

terceiros, o sistema de feedback, a produção da documentação, as licenças utilizadas e a<br />

forma como se constrói a reputação por meio do mérito, que só pode advir da comunidade<br />

com a qual se colabora.<br />

Em 2002 foi elaborado o Free/Libre and Open Source Software: Survey and Study —<br />

FLOSS Survey, pesquisa cujo objetivo era conhecer o uso, o desenvolvimento e as motiva -<br />

ções dos participantes de comunidades de software <strong>livre</strong>. Foi o estudo mais amplo sobre o<br />

SL, sendo realizadas 2 700 entrevistas com participantes das comunidades de SL e representantes<br />

de empresas que atuam na área. O resultado mostrou que as principais razões que<br />

levavam à participação em comunidades e projetos eram “desenvolver habilidades”, “coope -<br />

rar com uma comunidade” e “compartilhar conhecimentos e habilidades” (FLOSS, 2002).<br />

O estudo mostrou também os benefícios que as empresas viam no SL: estabilidade e<br />

segurança, custo zero de licenças, economia na instalação e administração, a possibilidade<br />

de adaptar o código e a motivação por ter bons profissionais.<br />

O FLOSS Survey mostrou que muitos dos entrevistados trabalhavam voluntariamente<br />

para o desenvolvimento de SL em horário de folga e mesmo durante o trabalho. Por outro<br />

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