tese-livre-docencia-Jorge-Machado
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3. Conteúdos<br />
visibilidade a processos de participação social e transparência, promover e disseminar boas<br />
práticas e contribuir para mudanças culturais na gestão pública.<br />
Uma consequência positiva da OGP, foi a de difundir a noção de Open Government.<br />
Com uma relação muito estreita com o movimento do Software Livre e o ativismo informacional<br />
da cultura hacker, os apoiadores do movimento Open Government têm o interesse pelo<br />
acesso à informação, pelas práticas colaborativas, a organização da forma de comunidades em<br />
rede e a preferência por formas de disseminação sempre abertas (padrões, formatos e licenças).<br />
Para Calderón, um dos autores do estudo “El desafío hacia el gobierno abierto en la hora<br />
de la igualdad”, publicado pela CEPAL, o conceito de Governo Aberto “se encontra em plena<br />
expansão e permanente redefinição. Na sua atual acepção, tem uma importante influência do<br />
desenvolvimento do movimento do software <strong>livre</strong> e das comunidades hackers”. Estão presentes<br />
elementos como colaboração, transparência, compartilhamento e cocriação num ambiente<br />
“em permanente desenvolvimento e evolução” (Calderón, 2012: 28). Segundo esse mesmo<br />
autor:<br />
Se trata de saltar desde nuestro viejo modelo basado exclusivamente en la democracia representativa<br />
a un modelo de democracia conversacional y abierta, aprovechando las posibilidades que<br />
proporcionan las TIC a los ciudadanos de participar en los procesos de toma de decisiones de<br />
los gobiernos más allá del ya mencionado ejercicio del derecho de sufragio o de la participación<br />
en organizaciones sociales tradicionales. (Calderón, 2012: 27)<br />
De modo geral, podemos dizer que a concepção de Governo Aberto surge como base na<br />
expansão da internet, com suas redes sociais e ferramentas para consultas públicas, fóruns de<br />
debates, petições, produção colaborativa de documentos, etc. que vêm a se somar a participação<br />
presencial, como audiências públicas, reuniões cívicas, mesas de diálogo, hackathons 167 ,<br />
etc.<br />
167 Hackthons são maratonas de programação. O termo resulta de uma combinação das palavras inglesas<br />
“hack” (programar ou criar uma funcionalidade) e “marathon” (maratona). Instituições como INEP, FioCruz,<br />
Ministério da Justiça, Câmara dos Deputados, Câmara dos Vereadores de São Paulo, Prefeituras se São<br />
Paulo e Rio, entre outras, já organizaram hackathons para que programadores, jornalistas, cientistas sociais e<br />
estudantes pudessem dar novos usos aos seus dados.<br />
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