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STF NA MÍDIA

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No dia seguinte, o presidente<br />

Chávez aludiu ao tema, que<br />

já ocupava espaços principais<br />

na imprensa da capital, e a<br />

oposição começava a tratar<br />

de utilizá-lo como arma contra<br />

o governo bolivariano.<br />

Na opinião do presidente, a<br />

acusação contra os quatro<br />

venezuelanos "faz parte das<br />

agressões contra a Venezuela,<br />

para algum dia colocá-la<br />

como um Estado frustrado",<br />

e considerou essa ação como<br />

parte dos esforços de Washington<br />

para desqualificar<br />

Caracas e preparar o terreno<br />

para outras ações.<br />

Desafio ao presidente estadunidense,<br />

Barack Obama,<br />

que qpresente provas que<br />

sustentem a acusação, disse<br />

Chávez durante uma conversa<br />

com jornalistas no Palácio<br />

de Miraflores.<br />

Se de listas trata-se, eu também<br />

tenho a minha, afirmou<br />

e mencionou, entre outros<br />

personagens que a integrariam,<br />

a congressista Ileana<br />

Ros-Lehtinen, a quem qualificou<br />

de terrorista por ter<br />

feito um chamado à sua derrocada,<br />

e ao ex-subsecretário<br />

de Estado Otto Reich, a<br />

quem responsabilizou por<br />

assassinatos e outras atividades<br />

subversivas em diversos<br />

países latinoamericanos.<br />

Enquanto isso, o governo,<br />

por intermédio do ministério<br />

de Relações Exteriores, convocou<br />

a encarregada de negócios<br />

dos Estados Unidos<br />

em Caracas, Kelly Keiderling,<br />

a quem entregou uma<br />

nota formal de protesto, e<br />

seguidamente a Chancelaria<br />

emitiu um comunicado oficial<br />

no qual qualificou a ação<br />

de OFAC de unilateral e violatória<br />

do Direito Internacional.<br />

Amplo respaldo ao governo<br />

A posição assumida pelo<br />

governo contou desde o primeiro<br />

momento com o claro<br />

respaldo de organizações e<br />

de amplos setores populares,<br />

onde foi unânime o repudio<br />

às ações estadunidenses, dirigidas<br />

realmente contra o<br />

processo político liderado<br />

por Chávez como parte de<br />

uma estratégia global concebida<br />

e executada de Washington<br />

com o apoio de figuras<br />

e partidos venezuelanos,<br />

de acordo com numerosos<br />

pronunciamentos emitidos<br />

aqui.<br />

Um dos implicados, o deputado<br />

Freddy Bernal, por e-<br />

xemplo, opinou que a ação<br />

não é dirigida contra ele nem<br />

contra os outros três venezuelanos,<br />

senão que se trata<br />

de um ataque contra a Revolução<br />

Bolivariana, porque<br />

eles "são funcionários públicos<br />

que estão comprometidos<br />

com a revolução e a liderança<br />

do presidente Chávez".<br />

Bernal afirmou que o governo<br />

dos Estados Unidos é o<br />

principal patrocinador do<br />

narcotráfico e do terrorismo e<br />

recordou que nessa nação<br />

reside tranquilamente e sob<br />

proteção oficial o terrorista<br />

Luis Posada Carriles, cuja<br />

extradição Caracas solicitou<br />

em várias ocasiões, sem sucesso<br />

até o momento.<br />

O Partido Comunista da Venezuela<br />

e o Partido Socialista<br />

Unido de Venezuela (PSUV)<br />

também emitiram declarações<br />

de respaldo, enquanto a<br />

Assembléia Nacional realizou<br />

uma sessão extraordinária<br />

para abordar o tema, da<br />

qual emergiu uma declaração<br />

parlamentar aprovada pela<br />

maioria dos deputados.<br />

Depois de ressaltar a firme<br />

rejeição a esta "nova ação de<br />

difamação ao povo e as instituições<br />

nacionais", a declaração<br />

aprovada pelo Parlamento<br />

alude aos Estados Unidos<br />

e destaca que os venezuelanos<br />

"não permitirão que com<br />

seu formato de guerra preventiva<br />

(...) venham a jogar<br />

por terra o processo de unidade<br />

e desenvolvimento político,<br />

social, econômico e<br />

cultural que construímos com<br />

esforço os latinoamericanos".<br />

O respaldo internacional a<br />

Venezuela proviu dos países<br />

da Aliança Bolivariana para<br />

os Povos da Nossa América<br />

(ALBA), reunidos em 9 de<br />

setembro em Caracas a nível<br />

de chanceleres para examinar<br />

a situação na Líbia como<br />

consequência da agressão da<br />

Organização do Tratado do<br />

Atlântico Norte (OTAN)<br />

nessa nação norte-africana.<br />

Os representantes dos países<br />

membros da ALBA expressam<br />

seu apoio ao Governo<br />

Bolivariano da Venezuela<br />

diante desta inaceitável atuação<br />

unilateral que pretende<br />

desconhecer o Direito Internacional,<br />

ao advogar a<br />

um só país a atribuição de<br />

julgar e condenar aos cidadãos<br />

de outros países prescindindo<br />

igualmente da via<br />

judicial e das instituições<br />

internacionais, diz o comunicado<br />

aprovado pelos chanceleres.<br />

A ALBA ratifica seu compromisso<br />

com o multilateralismo<br />

como o espaço natural<br />

para o combate aos grandes<br />

problemas internacionais<br />

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