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O EU ÍNTIMO E O EU SOCIAL NA POESIA DE BUENO DE RIVERA

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“flores” em meio a um mundo de desilusões e sofrimentos. Iremos buscar o sentido de<br />

transcendência almejado pelo poeta através do uso de tais elementos em seus poemas.<br />

Finalizando o nosso estudo, teremos no quarto e último capítulo a parte principal<br />

da nossa pesquisa: o confronto entre o eu íntimo e o eu social na poesia de Bueno de Rivera,<br />

sua detecção e análise pormenorizada. É aqui que iremos abordar todo o assunto trabalhado<br />

nos três primeiros capítulos e sintetizá-lo numa vertente mais convergente, em que a<br />

discussão proposta, a da poesia intimista e social de Rivera, será colocada realmente em<br />

evidência, com o levantamento de sugestões e a busca de suas soluções.<br />

No subtópico Neo-romantismo, neo-simbolismo e surrealismo, realizaremos uma<br />

análise hermenêutica de toda a obra poética de Rivera, questionando o seu caráter modernista<br />

e procurando em seus poemas uma tendência intimista oriunda de movimentos como o<br />

Romantismo ou o Simbolismo. É aqui que também iremos, com a ajuda da Estilística, tentar<br />

compreender a utilização feita pelo poeta de construções que beiram o surreal, como “nuvens<br />

salgadas” (MS, p. 09), “estrelas de carne” (MS, p. 10), “mulheres, macias pétalas” (MPBR, p.<br />

49), além de neologismos (especialmente em Pasto de pedra), como “milardário” (PP, p.<br />

101), “monlevade” (PP, p. 76), “Açoburgo” (PP, p. 76), descobrindo o seu caráter inovador,<br />

mas que, ao mesmo tempo, seguia o projeto dos poetas do século XIX.<br />

Em Rivera e o eu íntimo, adentraremos na biografia do poeta para comprovar o seu<br />

intuito de realizar uma poesia confessional. Contudo, a análise biográfica não se fará em<br />

sentido largo, uma vez que não desejamos adotar mais um método de investigação literária em<br />

nosso trabalho; iremos apenas observar os detalhes que possam afirmar ser não o simples eu<br />

lírico do poema, mas sim o próprio Rivera, quem realmente está retratado em sua poesia,<br />

como por nomes de profissões que aparecem nos poemas e que de fato foram pelo poeta<br />

exercidas (microscopista e locutor) ou ao invés de uma musa inspiradora, aparecer a sua<br />

própria esposa, Ângela. Fundamentaremos nossa pesquisa sobre tal aspecto nos postulados de<br />

Philippe Lejeune, por ser este o grande estudioso do pacto autobiográfico na arte literária,<br />

encontrando os momentos em que o poeta mineiro procurou seguir a linha autobiográfica.<br />

Também detectaremos, nesse capítulo, pela análise de seus três volumes de poesia,<br />

os momentos em que o poeta almeja colocar nos poemas o seu estado natal, Minas Gerais, no<br />

subtópico denominado Mineiridade na poesia de Rivera, assumindo aí tanto a característica<br />

nostálgica pelo amor à sua terra, trazendo personagens históricos e vultos do passado mineiro,<br />

quanto a delatora, por falar dos erros cometidos naquele local pelos seus habitantes (parte<br />

deles). É por isso que ainda subdividiremos esse subtópico em Minas histórica e Minas atual,<br />

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