23.04.2013 Views

Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

118<<strong>br</strong> />

DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

habitacional, deve promover políticas públicas capazes de corrigir progressivamente os<<strong>br</strong> />

deficit e as inadequações herdadas do processo de produção das cidades <strong>br</strong>asileiras.<<strong>br</strong> />

Enquanto condição essencial para o acesso à moradia das famílias de baixo rendimento,<<strong>br</strong> />

o financiamento de longo prazo exige fundos estáveis e permanentes, garantidos<<strong>br</strong> />

pelo poder público. Por essa razão, <strong>no</strong> caso <strong>br</strong>asileiro, a intervenção do Estado <strong>no</strong> mercado<<strong>br</strong> />

habitacional passa a ter um papel cada vez mais importante <strong>no</strong> processo de regulação, de<<strong>br</strong> />

financiamento, de promoção e de produção da moradia popular. E os fundos garantidos<<strong>br</strong> />

pelo poder público tornam-se a condição básica para a possibilidade de acesso das famílias<<strong>br</strong> />

de baixa renda aos programas habitacionais.<<strong>br</strong> />

As múltiplas formas <strong>com</strong> que se apresentam as necessidades habitacionais, bem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o as diversas expressões da po<strong>br</strong>eza, exclusão social e vulnerabilidade social da população<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileira vêm, contudo, desafiando a intervenção do poder público <strong>no</strong> setor. Também<<strong>br</strong> />

se mantêm desafiadoras as diferentes expressões que a questão habitacional assume<<strong>br</strong> />

<strong>no</strong>s 5.506 municípios <strong>br</strong>asileiros (dados de 2000), distintos nas suas distintas dimensões<<strong>br</strong> />

populacionais, áreas geográficas e configurações econômicas, políticas, culturais e sociais.<<strong>br</strong> />

A exigência de uma considerável soma de recursos para manter os fundos<<strong>br</strong> />

habitacionais, bem <strong>com</strong>o a pouca capacidade financeira apresentada pela maioria dos estados<<strong>br</strong> />

e municípios <strong>br</strong>asileiros para implantar e manter uma política habitacional autô<strong>no</strong>ma,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> fundos próprios, têm concentrado a política habitacional na esfera federal. Por essa<<strong>br</strong> />

razão, a intervenção publica <strong>br</strong>asileira <strong>no</strong> setor habitacional, nas instâncias estaduais e municipais,<<strong>br</strong> />

opera, predominantemente, a partir das políticas de a<strong>br</strong>angência nacional. O formato<<strong>br</strong> />

que essas políticas assumem, desde a década de 1940, difere, dentre outros aspectos,<<strong>br</strong> />

na definição de patamares de acesso aos financiamentos e nas formas de financiamento,<<strong>br</strong> />

segundo a renda das famílias e, especialmente, <strong>no</strong> equacionamento dos subsídios e dos<<strong>br</strong> />

fundos garantidos pelo poder público. Contudo, é importante destacar que, dentre todos os<<strong>br</strong> />

pla<strong>no</strong>s desde então implantados, apenas o Pla<strong>no</strong> Nacional de Habitação (PlanHab), apresentado<<strong>br</strong> />

para discussão pelo Ministério das <strong>Cidades</strong> em 2008, considera a diversidade das<<strong>br</strong> />

regiões e dos municípios <strong>br</strong>asileiros. 23 Os demais pla<strong>no</strong>s e políticas, ao não considerarem a<<strong>br</strong> />

23 Esse pla<strong>no</strong> baseia-se <strong>no</strong> trabalho técnico de consultoria realizado pelo Observatório Pernambuco de Políticas Públicas para o<<strong>br</strong> />

Ministério das <strong>Cidades</strong> (Ministério das <strong>Cidades</strong> et all, 2005) so<strong>br</strong>e Tipologia das <strong>Cidades</strong> <strong>Brasil</strong>eiras, sinaliza <strong>no</strong> sentido de<<strong>br</strong> />

enfrentar o desafio de orientar a política abordando a questão urbana de modo não dissociado da dimensão territorial e levando<<strong>br</strong> />

em conta a diversidade territorial do país.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!