Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />
Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />
3. P Programa Minha Casa Minha Vida ocupando o espaço do<<strong>br</strong> />
PLANHAB<<strong>br</strong> />
Diante da crise econômica e da disposição do gover<strong>no</strong> federal de aplicar recursos<<strong>br</strong> />
para dinamizar a construção civil, <strong>com</strong> efeitos <strong>no</strong> curto e <strong>no</strong> médio prazos, o Programa<<strong>br</strong> />
Minha Casa Minha Vida (MCMV) foi lançado em 2009, repercutindo <strong>no</strong> processo de<<strong>br</strong> />
implantação do PlanHab, pactuado <strong>com</strong>o uma estratégia de longo prazo para equacionar o<<strong>br</strong> />
problema habitacional do país. Entretanto, ao aplicar R$ 26 bilhões de subsídios <strong>no</strong> MCMV,<<strong>br</strong> />
além do que já estava previsto pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o<<strong>br</strong> />
gover<strong>no</strong> federal adotou o cenário mais otimista proposto pelo PlanHab. E, <strong>com</strong>o afirma<<strong>br</strong> />
Bonduki (2009), se esse patamar for mantido por quinze a<strong>no</strong>s, conforme previa a estratégia<<strong>br</strong> />
do PlanHab, será possível produzir um impacto real <strong>no</strong> deficit habitacional do país.<<strong>br</strong> />
Do subsídio público disponibilizado pelo Programa Minha Casa Minha Vida, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
recursos da União e do FGTS, 97% são destinados à oferta e à produção direta por cons-<<strong>br</strong> />
trutoras privadas, enquanto apenas 3% ficam reservados a entidades sem fins lucrativos,<<strong>br</strong> />
cooperativas e movimentos sociais, para a produção de habitação urbana e rural por<<strong>br</strong> />
autogestão. O programa não contempla a promoção estatal, apostando na iniciativa priva-<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>o agente-motor do processo. A justificativa é a dificuldade do poder público, so<strong>br</strong>e-<<strong>br</strong> />
tudo municipal, na aplicação de recursos e a lentidão do PAC, devido à ineficiência, falta de<<strong>br</strong> />
quadros, burocratismo, restrições legais e fiscais, licitações demoradas, órgãos de fiscaliza-<<strong>br</strong> />
ção (tribunais de contas e controladorias). A pequena parcela destinada aos movimentos<<strong>br</strong> />
populares e às cooperativas justifica-se pela pouca capacidade de resposta desses a uma<<strong>br</strong> />
demanda em grande escala, além de apresentarem dificuldades e atrasos na execução das<<strong>br</strong> />
o<strong>br</strong>as (Fiori e Fix, 2009).<<strong>br</strong> />
Em relação ao PlanHab, o Programa Minha Casa Minha Vida incorpora algumas<<strong>br</strong> />
estratégias, dentre as quais se destacam:<<strong>br</strong> />
• a lógica para a alocação dos subsídios: a população <strong>com</strong> renda intermediária (de<<strong>br</strong> />
R$ 1.395,00 a R$ 2.790,00), ou seja, 3 a 6 SM (em 2009), terá um subsídio para<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>plementar o financiamento, e a população <strong>com</strong> renda inferior a R$ 1.395,00, ou<<strong>br</strong> />
3 SM (em 2009) terá um subsídio quase total.