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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

nascimento de um <strong>no</strong>vo paradigma para a cidade e o habitat. Territórios mais ou me<strong>no</strong>s<<strong>br</strong> />

conectados a esses processos podem incluir tanto os espaços mais concentrados quanto os<<strong>br</strong> />

espaços mais dispersos, construindo <strong>no</strong>vos cenários. Na prática, a construção do <strong>no</strong>vo<<strong>br</strong> />

cenário está vinculada às opções estratégicas de desenvolvimento que impulsionam as di-<<strong>br</strong> />

nâmicas territoriais, e essas estão submetidas às pesadas heranças conservadoras, dentre as<<strong>br</strong> />

quais a estrutura fundiária concentrada e os baixos níveis de escolaridade da maioria da<<strong>br</strong> />

população.<<strong>br</strong> />

A reconfiguração das dinâmicas econômicas impulsiona os deslocamentos<<strong>br</strong> />

populacionais intrarregionais e geram impactos so<strong>br</strong>e as formas de urbanização mais tradi-<<strong>br</strong> />

cionais. As <strong>no</strong>vas centralidades fora das grandes aglomerações vêm expressando interesses<<strong>br</strong> />

específicos dos agentes econômicos e políticos. Já é perceptível a redução da migração<<strong>br</strong> />

para as metrópoles e para o litoral. No entanto, as metrópoles continuam a concentrar os<<strong>br</strong> />

mais perversos índices de desigualdades sociais. O urba<strong>no</strong> não metropolita<strong>no</strong> apresenta<<strong>br</strong> />

características muito diversas e, ao mesmo tempo, concentradas regionalmente. No Sul e<<strong>br</strong> />

Sudeste do país, os municípios acumularam maiores riquezas e alcançaram bons níveis de<<strong>br</strong> />

serviços e equipamentos urba<strong>no</strong>s. Em outras partes do território, a urbanização é precária<<strong>br</strong> />

ou inexistente. Poucas riquezas foram acumuladas e a eco<strong>no</strong>mia estagnada não é motora<<strong>br</strong> />

das potencialidades locais. Existem ainda as ilhas urbanas, principalmente na região Norte,<<strong>br</strong> />

onde a escassez de redes e fluxos eleva o status e a importância das aglomerações, indepen-<<strong>br</strong> />

dentemente do seu tamanho populacional.<<strong>br</strong> />

Há uma tendência à valorização de espaços de oportunidades em detrimento do<<strong>br</strong> />

investimento em áreas mais deprimidas ou estagnadas. Dessa forma, pensar o desenvolvi-<<strong>br</strong> />

mento do território municipal na atualidade não pode prescindir de uma visão integradora<<strong>br</strong> />

das especificidades regionais e potencializadora das possibilidades de inserção local <strong>no</strong><<strong>br</strong> />

desenvolvimento nacional. Como ressalta Tânia Bacelar (2009, sp.), a resposta a essa difí-<<strong>br</strong> />

cil equação está <strong>no</strong> enfrentamento de velhos paradigmas e <strong>no</strong> alargamento das possibilida-<<strong>br</strong> />

des de reestruturação da dinâmica e da organização espacial, a partir de uma visão integradora<<strong>br</strong> />

e solidária das opções de desenvolvimento <strong>no</strong> território:<<strong>br</strong> />

é preciso buscar a sustentabilidade do processo de desenvolvimento<<strong>br</strong> />

urba<strong>no</strong>, em meio à turbulência provocada por muitas mudanças, e à<<strong>br</strong> />

força dos velhos paradigmas (BACELAR, 2009. sp).

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