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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

por obstáculos naturais, <strong>com</strong> zonas onde existem problemas de este-<<strong>br</strong> />

rilização do solo; são espaços dinâmicos da especulação imobiliária,<<strong>br</strong> />

pelas vantagens locacionais e pela disponibilidade de solo <strong>no</strong> entor<strong>no</strong><<strong>br</strong> />

urba<strong>no</strong>; são zonas isoladas e autô<strong>no</strong>mas de usos residenciais (condo-<<strong>br</strong> />

mínios).<<strong>br</strong> />

Dependendo das funções que as áreas periurbanas desempenham, Asensio (2005:<<strong>br</strong> />

sp) propõe uma classificação em três tipos: a) Urba<strong>no</strong> – periurba<strong>no</strong>, caracterizado por<<strong>br</strong> />

encontros dinâmicos e bidirecionais, <strong>com</strong> intercâmbios de informação e energias, <strong>com</strong> mai-<<strong>br</strong> />

or pressão do urba<strong>no</strong>; b) Periurba<strong>no</strong>-rural – para as áreas que apresentam me<strong>no</strong>r dinamis-<<strong>br</strong> />

mo, portanto me<strong>no</strong>res pressões e conflitos de uso e ocupação do solo. C) Urba<strong>no</strong>-rural -<<strong>br</strong> />

quando não se distingue uma franja periurbana, identifica-se claramente a passagem do<<strong>br</strong> />

solo urba<strong>no</strong> para o rural. Podem-se entender, a partir dessa classificação, as manifestações<<strong>br</strong> />

territoriais das relações urba<strong>no</strong>-rurais em suas interfaces. Tal associação pode favorecer a<<strong>br</strong> />

estruturação de políticas de desenvolvimento territorial de maneira mais integrada.<<strong>br</strong> />

Particularmente nas áreas de transição urba<strong>no</strong>-rural, emergem situações que reque-<<strong>br</strong> />

rem a sistematização de <strong>no</strong>vas formas de abordagem para sua <strong>com</strong>preensão: i) existem<<strong>br</strong> />

poucos descritores organizados para apoiar estudos; ii) poucos indicadores sistematizados;<<strong>br</strong> />

iii) parâmetros, instrumentos de planejamento e gestão insuficientes para promover a<<strong>br</strong> />

regulação do solo e da ação dos agentes transformadores do espaço. Há, inclusive, pouca<<strong>br</strong> />

clareza quanto às <strong>com</strong>petências federativas para a regulação do solo ou a promoção de<<strong>br</strong> />

políticas públicas. Assim, importantes conflitos não são percebidos e, quando são, poucas<<strong>br</strong> />

vezes recebem um tratamento adequado.<<strong>br</strong> />

Tradicionalmente, as experiências de planejamento e gestão territorial urba<strong>no</strong>s esti-<<strong>br</strong> />

veram principalmente focadas <strong>no</strong>s processos de produção do espaço das cidades <strong>com</strong>pac-<<strong>br</strong> />

tas, que foram o lócus de grandes conflitos e tensões sociais, paliativamente mediados por<<strong>br</strong> />

ações do Estado. Consequentemente, o conjunto de referências conceituais e técnicas, de<<strong>br</strong> />

suporte ao planejamento territorial, assim <strong>com</strong>o os instrumentos urbanísticos<<strong>br</strong> />

institucionalizados, foram desenvolvidos tendo por base essas referências. Por isso, não<<strong>br</strong> />

conseguem dar respostas satisfatórias aos casos em que o espaço produzido é me<strong>no</strong>s con-<<strong>br</strong> />

centrado e onde mesclam usos do solo rurais e urba<strong>no</strong>s, <strong>com</strong>o as áreas periurbanas.<<strong>br</strong> />

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