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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

ficos que dão sentido à própria existência da cidade. As principais características dessa<<strong>br</strong> />

posição remetem ao espaço relativo: i) isolamento da cidade vs. proximidade de outras<<strong>br</strong> />

cidades; ii) alta intensidade da exploração econômica da área de influência da cidade vs.<<strong>br</strong> />

baixa intensidade da exploração econõmica da área de influência da cidade; iii) posição de<<strong>br</strong> />

contato direto <strong>com</strong> países vizinhos nas fronteiras vs. posição afastada das fronteiras.<<strong>br</strong> />

No trabalho Tipologia das <strong>Cidades</strong> <strong>Brasil</strong>eiras, o isolamento vs. proximidade foi<<strong>br</strong> />

destacado em dois momentos da abordagem: num primeiro, foram agrupados os municípios<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ponentes das aglomerações, isto é, em posição de extrema proximidade geográfica,<<strong>br</strong> />

reconhecida até institucionalmente (Regiões Metropolitanas, Regiões Integradas de <strong>Desenvolvimento</strong>,<<strong>br</strong> />

etc.). Ficou decidido que todos os municípios de uma aglomeração assumiriam<<strong>br</strong> />

as características tipológicas do município central. Tal decisão poderia ser tomada<<strong>br</strong> />

porque, em outro estudo, ficaram evidenciadas as profundas diferenças existentes <strong>no</strong> âmbito<<strong>br</strong> />

dessas aglomerações entre os munícipios centrais e os periféricos (RIBEIRO, SANTOS<<strong>br</strong> />

JUNIOR, 2007). Já é consenso, entre os formuladores de políticas de desenvolvimento<<strong>br</strong> />

urba<strong>no</strong>, que os municípios periféricos das aglomerações metropolitanas são desafios de<<strong>br</strong> />

grande porte por apresentarem forte crescimento populacional em condições geralmente<<strong>br</strong> />

precárias de infraestrutura, habitabilidade e gover<strong>no</strong>. Num segundo momento da abordagem,<<strong>br</strong> />

foi identificada a característica inversa, isto é, o isolamento de cidades em relação a<<strong>br</strong> />

todas as cidades de municípios limítrofes. Por meio de um recurso cartográfico, foi calculada<<strong>br</strong> />

a distância em linha reta entre as sedes municipais. No banco de dados, foram<<strong>br</strong> />

identificadas 167 cidades situadas a grandes distâncias de outras (81 <strong>no</strong> Norte, 65 <strong>no</strong> Centro-Oeste,<<strong>br</strong> />

13 <strong>no</strong> Nordeste e <strong>no</strong> <strong>no</strong>rte de Minas Gerais, 8 <strong>no</strong> Sul). No entanto, 55 dessas<<strong>br</strong> />

cidades situavam-se na faixa de fronteira, podendo estar próximas de cidades de Países<<strong>br</strong> />

vizinhos (<strong>com</strong>o as cidades da fronteira <strong>com</strong> o Uruguai, ou <strong>com</strong>o Tabatinga) ou distantes,<<strong>br</strong> />

dependendo da posição <strong>no</strong> município <strong>br</strong>asileiro e da posição da cidade vizinha do outro<<strong>br</strong> />

lado da fronteira. Esse procedimento grosseiro, já que não levava em conta os suportes<<strong>br</strong> />

reais da mobilidade (estradas de diversas qualidades e rios em grande parte da Amazônia),<<strong>br</strong> />

visava tão somente levantar um debate a ser continuado so<strong>br</strong>e uma característica particular<<strong>br</strong> />

da posição de algumas cidades <strong>br</strong>asileiras: são, pela distância que as separam de quaisquer<<strong>br</strong> />

outras cidades, os únicos recursos “urba<strong>no</strong>s” para populações dispersas em grandes espaços<<strong>br</strong> />

do <strong>Brasil</strong> Central e Ocidental. Segundo a equipe do Observatório Pernambuco, a Política<<strong>br</strong> />

Nacional de <strong>Desenvolvimento</strong> Urba<strong>no</strong> precisava considerar essas cidades importantes,<<strong>br</strong> />

independentemente do seu tamanho populacional e funcional, exatamente pela falta de<<strong>br</strong> />

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