Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />
Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />
Interface <strong>com</strong> as políticas territoriais recentes <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><<strong>br</strong> />
e os conceitos de territórios e escala<<strong>br</strong> />
1 Doutorando em Geografia UFPE e Pesquisador do Observatório das Metrópoles Pernambuco.<<strong>br</strong> />
Anselmo César Vasconcelos Bezerra 1<<strong>br</strong> />
Este artigo é fruto de reflexões realizadas diante da temática: diversidade regional<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileira e políticas territoriais. Por se tratar de um tema de cunho teórico e prático, resolveu-se<<strong>br</strong> />
dividir a organização das ideias em três eixos. Num primeiro momento, debater-seão<<strong>br</strong> />
dois aspectos conceituais importantes acerca das categorias território e escala. Num<<strong>br</strong> />
segundo momento, será mostrada a possibilidade do “diálogo” entre a diversidade urbana<<strong>br</strong> />
e a regional <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, mediante o cotejamento realizado entre cartogramas de duas diferentes<<strong>br</strong> />
políticas públicas nacionais e a tipologia de cidades, que já foi apresentada em outro<<strong>br</strong> />
artigo deste livro. Por fim, far-se-á uma discussão que relacione o debate epistemológico<<strong>br</strong> />
ao contexto aplicado de algumas políticas territoriais <strong>br</strong>asileiras neste início de século XXI.<<strong>br</strong> />
Como afirma Brandão (2004), existe um crescente debate tanto <strong>no</strong> âmbito acadêmico<<strong>br</strong> />
quanto <strong>no</strong> político em tor<strong>no</strong> da expressão território. Às vezes, esse debate ajuda a<<strong>br</strong> />
aperfeiçoar e/ou construir <strong>no</strong>vas políticas, mais objetivas e eficientes, contudo, às vezes,<<strong>br</strong> />
dificulta o próprio entendimento que se quer ter dessas políticas. Com a discussão acerca<<strong>br</strong> />
do território, surge também a necessidade de se <strong>com</strong>preender a questão da escala, que para<<strong>br</strong> />
Smith (2000) pressupõe superar o tradicionalismo da representação e enxergar a articulação<<strong>br</strong> />
entre os níveis escalares, <strong>com</strong>o um processo de construção social, ou seja, a escala<<strong>br</strong> />
enquanto mediadora na <strong>com</strong>preensão dos fenôme<strong>no</strong>s socioespaciais.<<strong>br</strong> />
Dessa forma, ao se analisar a retomada das políticas territoriais <strong>br</strong>asileiras neste<<strong>br</strong> />
início de século, não se pode negligenciar o debate epistemológico acerca de duas categoriais<<strong>br</strong> />
fundamentais na gênese dessas políticas. Contudo, percebe-se que, na maioria das vezes,<<strong>br</strong> />
planejadores e gestores públicos não atentam para as discussões conceituais, ao empregarem<<strong>br</strong> />
conceitos e categorias de forma aleatória e/ou por modismo. Afinal, quantas vezes já<<strong>br</strong> />
se ouviu falar na palavra território <strong>no</strong> domínio das políticas públicas <strong>br</strong>asileiras? E <strong>no</strong>s<<strong>br</strong> />
discursos de ministros, deputados, senadores é recorrente aparecerem as expressões macro<<strong>br</strong> />
e micro-escalas, escala nacional, regional e local.<<strong>br</strong> />
45