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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

Invisíveis para o planejamento e a legislação, as áreas de transição urba<strong>no</strong>-rural<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiras são objeto de investimentos pontuais para viabilizarem os espaço de reserva da<<strong>br</strong> />

expansão urbana e a localização das grandes infraestruturas de serviços, ou são áreas reguladas<<strong>br</strong> />

para garantir a preservação dos mananciais e recursos naturais. Em <strong>com</strong>um, acumulam<<strong>br</strong> />

a residência de uma população excluída das condições básicas de urbanidade e assentamentos<<strong>br</strong> />

informais. A concentração fundiária nessas áreas também traz dificuldades consideráveis,<<strong>br</strong> />

uma vez que as grandes propriedades nas bordas da urbanização conferem ao<<strong>br</strong> />

proprietário fundiário muitos poderes <strong>no</strong> jogo da produção do espaço. Em relação a esse<<strong>br</strong> />

ultimo aspecto, uma possibilidade de integração entre rural, urba<strong>no</strong> e rural-urba<strong>no</strong> ancorase<<strong>br</strong> />

na discussão articulada so<strong>br</strong>e a função social da propriedade.<<strong>br</strong> />

Bitoun (2009, sp) destaca algumas características das relações cidade-campo <strong>no</strong><<strong>br</strong> />

contexto das aglomerações metropolitanas e dos centros regionais a partir de três matrizes:<<strong>br</strong> />

a) Abordagem Política – as relações políticas são construídas na perspectiva das questões<<strong>br</strong> />

urbanas; o rural é exter<strong>no</strong> ou integrado nas <strong>no</strong>rmas via questão ambiental; os agentes se<<strong>br</strong> />

articulam em tor<strong>no</strong> da Reforma Urbana, da questão habitacional e, crescentemente, da<<strong>br</strong> />

questão ambiental; existe pouca articulação entre os movimentos da cidade e os movimentos<<strong>br</strong> />

do campo; b) Abordagem Cultural - existência de um território de transição urba<strong>no</strong>–<<strong>br</strong> />

rural pouco apropriado pelos agentes rurais e urba<strong>no</strong>s, o que leva à sua destruição<<strong>br</strong> />

(hiperperiferias, usos ambientalmente problemáticos, segundas residências, trabalhadores<<strong>br</strong> />

rurais na margem ou subordinados); c) Abordagem Econômica - grandes mercados consumidores<<strong>br</strong> />

de produtos do campo, mas <strong>com</strong>ercialização oligopolizada; mercado nacional<<strong>br</strong> />

(CEASA/Grande distribuição); espaço para soluções “alternativas” via valorização da produção<<strong>br</strong> />

“local”.<<strong>br</strong> />

O autor ressalta que o urba<strong>no</strong> não metropolita<strong>no</strong> apresenta características muito<<strong>br</strong> />

diversas e, ao mesmo tempo, concentradas regionalmente. No Sul e Sudeste do país, os<<strong>br</strong> />

municípios acumularam maiores riquezas e alcançaram bons níveis de serviços e de equipamentos<<strong>br</strong> />

urba<strong>no</strong>s. Em outras partes do território, a urbanização é precária ou inexistente,<<strong>br</strong> />

poucas riquezas foram acumuladas e a eco<strong>no</strong>mia estagnada não é motora das potencialidades<<strong>br</strong> />

locais. Existem ainda as ilhas urbanas, principalmente na região Norte, onde a escassez de<<strong>br</strong> />

redes e fluxos eleva o status e a importância das aglomerações independentemente do seu<<strong>br</strong> />

tamanho populacional. Neste contexto, os espaços de transição urba<strong>no</strong>-rural apresentam<<strong>br</strong> />

me<strong>no</strong>r dinamismo e, portanto, me<strong>no</strong>r pressão do urba<strong>no</strong> so<strong>br</strong>e o rural, configurando um

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