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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

Quadro 9. Deficit acumulado e metas do Programa Minha Casa Minha Vida. Distribuição<<strong>br</strong> />

do Deficit por faixa de renda<<strong>br</strong> />

Fonte: Bonduki, 2009, p.8<<strong>br</strong> />

Para as habitações destinadas às famílias <strong>com</strong> até 3 SM, a Caixa Econômica Federal<<strong>br</strong> />

divulga duas tipologias (32m 2 de área útil para a casa térrea, e 37m 2 de área útil para<<strong>br</strong> />

apartamento) <strong>com</strong>o solução-padrão para todo o território nacional, desconsiderando os<<strong>br</strong> />

condições climáticas, culturais, geográficas diferenciadas do <strong>Brasil</strong>.<<strong>br</strong> />

A produção por construtoras, para faixas de renda mais baixas, entre 0 e 3 salários<<strong>br</strong> />

mínimos por família (até R$ 1.395), é feita por oferta privada ao poder público. Isso significa<<strong>br</strong> />

que a construtora define o terre<strong>no</strong> e o projeto, aprova-os junto aos órgãos <strong>com</strong>petentes<<strong>br</strong> />

e vende integralmente o que produzir para a Caixa Econômica Federal, sem gastos de<<strong>br</strong> />

incorporação imobiliária e <strong>com</strong>ercialização, sem riscos de inadimplência dos <strong>com</strong>pradores<<strong>br</strong> />

ou vacância das unidades.<<strong>br</strong> />

A Caixa Econômica Federal define o acesso às unidades habitacionais a partir da<<strong>br</strong> />

lista de demanda (famílias ou pessoas), cadastradas pelas prefeituras. Tal procedimento<<strong>br</strong> />

lem<strong>br</strong>a as estratégias de acesso aos programas convencionais de Construção de Conjuntos<<strong>br</strong> />

Habitacionais, dos idos tempos do início do BNH, que eram caracterizadas pelo clientelismo<<strong>br</strong> />

(Souza, 1991, 1993). Os projetos não são formulados a partir do poder público, ou da<<strong>br</strong> />

demanda organizada, e os municípios não têm um papel ativo <strong>no</strong> processo, a não ser na<<strong>br</strong> />

exigência de que se cumpra a legislação local. Corre-se o risco de um <strong>no</strong>vo processo de<<strong>br</strong> />

periferização dos núcleos habitacionais. Na ânsia de poder viabilizar o máximo de empreendimentos,<<strong>br</strong> />

o poder público tende a ficar refém de uma forma predatória e fragmentada de

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