Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
3.1. Circunstâncias do estudo<<strong>br</strong> />
DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />
Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />
Essa inserção decorre de algumas circunstâncias que podem contribuir para expli-<<strong>br</strong> />
car as orientações adotadas. Para o Ministério das <strong>Cidades</strong>, a tipologia a ser produzida<<strong>br</strong> />
deveria permitir subsidiar a Política Nacional de <strong>Desenvolvimento</strong> Urba<strong>no</strong>, ao considerar<<strong>br</strong> />
os impactos que essa política poderia ter so<strong>br</strong>e o desenvolvimento regional. Naturalmente,<<strong>br</strong> />
a presença na equipe do Observatório Pernambuco da Professora Tânia Bacelar de Araújo,<<strong>br</strong> />
que havia participado, em 2003, <strong>com</strong>o responsável por uma Diretoria do Ministério da<<strong>br</strong> />
Integração Nacional, da elaboração da primeira versão da Política Nacional de Desenvolvi-<<strong>br</strong> />
mento Regional, garantia que a análise do urba<strong>no</strong> não seria dissociado da dimensão territorial.<<strong>br</strong> />
A vinculação do Observatório Pernambuco ao Programa de Pós-Graduação em Geografia<<strong>br</strong> />
da UFPE fortalecia, ainda mais, pela identidade da disciplina, o esforço metodológico para<<strong>br</strong> />
buscar na associação da cidade <strong>com</strong> o território o elemento <strong>no</strong>rteador da diferenciação<<strong>br</strong> />
tipológica que precisava ser construída. Dentre as circunstâncias que merecem ser destaca-<<strong>br</strong> />
das, há o fato de que, em paralelo à Tipologia das <strong>Cidades</strong> <strong>Brasil</strong>eiras, estavam sendo<<strong>br</strong> />
desenvolvidos outros estudos para a formulação da Política Nacional de <strong>Desenvolvimento</strong><<strong>br</strong> />
Urba<strong>no</strong>, em especial estudos so<strong>br</strong>e a questão metropolitana <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, elaborados pela<<strong>br</strong> />
Rede Observatório das Metrópoles (RIBEIRO, SANTOS JUNIOR, 2007), garantindo-se<<strong>br</strong> />
que seria dada a devida importância aos graves problemas das grandes concentrações urba-<<strong>br</strong> />
nas <strong>br</strong>asileiras. De certo modo, isso permitia à equipe do Observatório Pernambuco con-<<strong>br</strong> />
centrar-se nas questões de um outro urba<strong>no</strong>, me<strong>no</strong>s gigantesco, mas muito diverso e im-<<strong>br</strong> />
portante para a estruturação do território nacional e as condições de vida de uma grande<<strong>br</strong> />
parte da população do país. O interesse por esse outro urba<strong>no</strong> decorria também da experi-<<strong>br</strong> />
ência que o autor deste texto teve na 1ª Conferência das <strong>Cidades</strong> e, <strong>com</strong>o representante da<<strong>br</strong> />
Associação dos Geógrafos <strong>Brasil</strong>eiros <strong>no</strong> 1º Conselho das <strong>Cidades</strong>, da extrema diversidade<<strong>br</strong> />
da pauta de reivindicações oriundas das mais de 3 mil Conferências Municipais que aconte-<<strong>br</strong> />
ceram <strong>no</strong> país. Aparecia muito claramente a necessidade de bem considerar a heterogeneidade<<strong>br</strong> />
do quadro urba<strong>no</strong> <strong>br</strong>asileiro para se formular a Política Nacional de <strong>Desenvolvimento</strong> Ur-<<strong>br</strong> />
ba<strong>no</strong>, que <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s setenta havia sido formulada a partir das questões das grandes aglome-<<strong>br</strong> />
rações. Para construir uma tipologia, o método consistia então em identificar a<<strong>br</strong> />
heterogeneidade do urba<strong>no</strong> e em tentar <strong>com</strong>por os agrupamentos que fossem pertinentes<<strong>br</strong> />
para fins de diretrizes polítcas.<<strong>br</strong> />
25