Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />
Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />
Dessa forma, percebe-se que as diferenças entre as áreas de atuação do PROMESO<<strong>br</strong> />
em Estados diferentes do país é evidente e carece de um olhar crítico dos planejadores e<<strong>br</strong> />
gestores. O desenvolvimento endóge<strong>no</strong> que se espera fomentar <strong>com</strong> as políticas de incentivo<<strong>br</strong> />
pode ser atingido em graus diferenciados, partindo-se do princípio de existirem áreas<<strong>br</strong> />
mais ou me<strong>no</strong>s consolidadas em termos socioeconômicos, <strong>com</strong>o das diferenças marcantes<<strong>br</strong> />
entre as cidades situadas <strong>no</strong> semiárido <strong>br</strong>asileiro e as localizadas na grande fronteira do<<strong>br</strong> />
Mercosul.<<strong>br</strong> />
3. Entre teoria e prática – formação de territórios ou territórios revelados?<<strong>br</strong> />
A discussão que foi proposta não tem <strong>com</strong>o objetivo identificar diferenças ou falhas<<strong>br</strong> />
<strong>no</strong> âmbito das políticas territoriais discutidas. A utilização dessas políticas, confrontandoas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a tipologia das cidades <strong>br</strong>asileiras, é apenas um exercício de reflexão, cujo objetivo<<strong>br</strong> />
é reforçar as conclusões do estudo das tipologias, ou seja, o urba<strong>no</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> caracterizase<<strong>br</strong> />
por tamanha diversidade que, ao conceber programas e ações numa escala ampliada<<strong>br</strong> />
(intermunicipal, estadual, regional ou nacional), os gestores devem atentar para essa<<strong>br</strong> />
heterogeneidade, especialmente quando o foco é minimizar as desigualdades regionais.<<strong>br</strong> />
A formação de Territórios da Cidadania, ou do PROMESO, nada mais é que a<<strong>br</strong> />
junção de um conjunto de municípios <strong>com</strong> determinadas características que se enquadram<<strong>br</strong> />
<strong>no</strong> perfil criado pelas políticas. Todavia, o que se identificou foram perfis bem distintos<<strong>br</strong> />
quando se sai da escala su<strong>br</strong>egional e se pensa na escala municipal, ou seja, o conjunto de<<strong>br</strong> />
municípios que formam os Territórios da Cidadania e do PROMESO pode atender aos<<strong>br</strong> />
critérios de seleção dessas políticas, muito embora apresentem <strong>no</strong> seu conjunto fortes diferenças<<strong>br</strong> />
uns em relação aos outros.<<strong>br</strong> />
Dessa forma, para citar Raffestin (1993), a distribuição desses territórios pelo país<<strong>br</strong> />
está mais centrada nas relações de Poder, <strong>com</strong> “P” maiúsculo, do que poder <strong>com</strong> “p”<<strong>br</strong> />
minúsculo, ou mesmo <strong>no</strong> que Haesbaert (2006) vai de<strong>no</strong>minar territórios numa perspectiva<<strong>br</strong> />
político-institucional, na qual o poder emana daqueles que desenham o território, numa<<strong>br</strong> />
relação vertical e pragmática.<<strong>br</strong> />
Mesmo para o Gover<strong>no</strong> Federal, ao expressar em seus critérios de seleção a coesão<<strong>br</strong> />
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