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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

Os programas alternativos 4 ao programa convencional de construção de conjuntos<<strong>br</strong> />

habitacionais, formulados <strong>no</strong> final da década de 1970, trazem implícitos o reconhecimento<<strong>br</strong> />

da necessidade do subsídio para promover o acesso das famílias mais po<strong>br</strong>es aos progra-<<strong>br</strong> />

mas habitacionais, caracterizando a segunda fase de atuação do BNH. Os subsídios pas-<<strong>br</strong> />

sam, então, a representar a concessão do direito clamado pelos movimentos sociais urba<strong>no</strong>s<<strong>br</strong> />

de luta pelo acesso à moradia, que marcaram os conflitos urba<strong>no</strong>s do final dos a<strong>no</strong>s de<<strong>br</strong> />

1970 nas grandes cidades <strong>br</strong>asileiras (Souza, 1991, 1993).<<strong>br</strong> />

Pela primeira vez na história do país, é também implantada uma política habitacional<<strong>br</strong> />

dirigida à urbanização dos assentamentos po<strong>br</strong>es consolidados nas cidades, iniciando-se<<strong>br</strong> />

um <strong>no</strong>vo processo que a<strong>br</strong>e espaço para a descentralização da política habitacional, por<<strong>br</strong> />

meio de um maior envolvimento da esfera local – estadual e municipal – na gestão dos<<strong>br</strong> />

programas implantados, dando origem a um <strong>no</strong>vo padrão de política de habitação popular<<strong>br</strong> />

(Souza, 1993).<<strong>br</strong> />

As soluções adotadas para mediar os conflitos urba<strong>no</strong>s implicaram, na maioria das<<strong>br</strong> />

vezes, uma dimensão jurídica, além de também conferirem certa auto<strong>no</strong>mia ao gover<strong>no</strong><<strong>br</strong> />

local <strong>no</strong> trato da questão habitacional: uma auto<strong>no</strong>mia traduzida em maior aporte de recur-<<strong>br</strong> />

sos – estadual e municipal – para resolver os conflitos estabelecidos, <strong>com</strong>o também nas<<strong>br</strong> />

adaptações à realidade local de mecanismos adotados <strong>no</strong> âmbito dos programas formulados<<strong>br</strong> />

na esfera federal. O maior envolvimento dos gover<strong>no</strong>s estadual e municipal passou a<<strong>br</strong> />

requerer, também, um maior <strong>com</strong>prometimento para viabilizar os acordos pactuados.<<strong>br</strong> />

[3º momento (1986-2003)] – Caixa Econômica Federal<<strong>br</strong> />

A Caixa Econômica Federal - herdeira das funções do BNH – formula os diversos<<strong>br</strong> />

programas habitacionais implantados <strong>no</strong> contexto da crise do SFH. O Conselho Curador<<strong>br</strong> />

do FGTS suspende, entre 1991-94, qualquer tipo de empréstimo, levando ao esgotamento<<strong>br</strong> />

4 Destacam-se <strong>com</strong>o programas alternativos do BNH: o Programa de Financiamento de Lotes Urbanizados (Profilurb) (1975),<<strong>br</strong> />

que visa ampliar as condições de acesso ao solo urba<strong>no</strong> <strong>com</strong> condições mínimas de infra-estrutura, em face do crescente processo<<strong>br</strong> />

de favelização; o Programa de Financiamento da Construção, Conclusão e Ampliação ou Melhoria de Habitação de Interesse<<strong>br</strong> />

Social (Ficam) (1977), que concede recursos acopláveis ou não ao Profilurb, mas que, na prática, se efetiva financiando habitações<<strong>br</strong> />

para famílias inseridas na faixa de renda contemplada pelas Cohabs; e, por fim, o Programa de Erradicação de Subhabitação<<strong>br</strong> />

(Promorar) (1979), que visa à urbanização das áreas po<strong>br</strong>es consolidadas e em processo de conflito, ou ao reassentamento<<strong>br</strong> />

de favelas removidas diante da impossibilidade de urbanização <strong>no</strong> próprio local. Uma vez que implica a remoção de habitações<<strong>br</strong> />

<strong>no</strong> interior das favelas para implantação de infraestrutura ou a criação de lotes urbanizados <strong>com</strong> moradias para o reassentamento<<strong>br</strong> />

de famílias em outro local, o Promorar absorve, em sua implementação, o Profilurb e o Ficam (Souza, 2007).<<strong>br</strong> />

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