Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />
Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />
expansão urbana, o que faz antever um impacto urbanístico semelhante ao vivido <strong>no</strong> período<<strong>br</strong> />
da primeira fase do BNH.<<strong>br</strong> />
O padrão periférico e precário de localização das moradias populares pode reproduzir-se<<strong>br</strong> />
em larga escala nas cidades <strong>br</strong>asileiras, caso não sejam articuladas a grande oferta<<strong>br</strong> />
de financiamento imobiliário e as promoções públicas habitacionais <strong>com</strong> as estratégias de<<strong>br</strong> />
acesso às terras, inseridas na cidade e integradas aos benefícios da vida urbana. As urbanizações<<strong>br</strong> />
periféricas, por sua vez, trarão custos adicionais para os municípios, <strong>com</strong> gastos em<<strong>br</strong> />
infraestrutura, transportes e serviços públicos.<<strong>br</strong> />
O importante é que, hoje, a sociedade <strong>br</strong>asileira dispõe não apenas de um programa<<strong>br</strong> />
imobiliário, mas de programas de desenvolvimento urba<strong>no</strong> estruturados, em tor<strong>no</strong>s do quais<<strong>br</strong> />
se pode conceber uma verdadeira política habitacional. Do ponto de vista legal, o Estatuto<<strong>br</strong> />
da Cidade, a Lei 11.124/2004 que institui o Sistema Nacional de Habitação de Interesse<<strong>br</strong> />
Social (SNHIS), e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), bem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
a recente Lei de Assistência Técnica, permitem avançar significativamente em estratégias<<strong>br</strong> />
de acesso à terra urbanizada, de promoção de moradias e de regulação territorial.<<strong>br</strong> />
Algumas Reflexões Finais<<strong>br</strong> />
Duas questões centrais foram destacadas, ao longo deste texto, na abordagem das<<strong>br</strong> />
políticas habitacionais de âmbito nacional. Embora reserve um destaque especial para o<<strong>br</strong> />
caráter i<strong>no</strong>vador do PlanHab, ao abordar a questão habitacional a partir da diversidade dos<<strong>br</strong> />
municípios <strong>br</strong>asileiros, o texto ressalta o modelo e o aporte dos recursos subsidiados para<<strong>br</strong> />
dar acesso às famílias de diversos níveis de renda aos padrões de financiamento, conforme<<strong>br</strong> />
foram definidos pelo PlanHab e pelo Programa Minha Casa Minha Vida, sem deixar de<<strong>br</strong> />
apontar seus impasses.<<strong>br</strong> />
A concessão de crédito habitacional, seja o crédito diferenciado por faixa de renda,<<strong>br</strong> />
seja o crédito diferenciado por tipo de município, é uma questão técnica, mas também é<<strong>br</strong> />
uma questão política, implicando uma relação de poder.<<strong>br</strong> />
Como dizem Fiori e Fix (2009), a concessão de crédito estabelece uma hierarquia<<strong>br</strong> />
em relação às possibilidades de acesso ao crédito e ao consumo em função da capacidade<<strong>br</strong> />
de pagamento de cada indivíduo. No <strong>Brasil</strong>, o uso de um fundo do trabalhador, o FGTS,<<strong>br</strong> />
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