23.04.2013 Views

Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

52<<strong>br</strong> />

DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

cio das “territorialidades que se aplicam a todas as escalas, desde um cômodo num apartamento<<strong>br</strong> />

até a de um Estado” (CLAVAL, 1999, p.8).<<strong>br</strong> />

Em outra passagem, Claval citando Brunet, <strong>com</strong>enta a “angústia” dos geógrafos<<strong>br</strong> />

marxistas, “ditos coerentes”, em debater algo diferente do termo criação do espaço, encontrando<<strong>br</strong> />

<strong>no</strong> território a solução para esse problema epistemológico. Conforme expõe: “O<<strong>br</strong> />

território diz respeito à projeção so<strong>br</strong>e um espaço determinado de estruturas específicas de<<strong>br</strong> />

um grupo huma<strong>no</strong>, que inclui a maneira de repartição e, gestão ou ordenamento desse<<strong>br</strong> />

espaço” (BRUNET et al., apud CLAVAL, 1999, p. 9).<<strong>br</strong> />

Numa última abordagem referindo-se às dimensões simbólica e de representação,<<strong>br</strong> />

semelhantes àquela apresentada por Haesbaert, Claval (1999) afirma:<<strong>br</strong> />

“O território aparece, deste ponto de vista, <strong>com</strong>o essencial, oferecen-<<strong>br</strong> />

do àqueles que o habitam, condições fáceis de inter<strong>com</strong>unicação e<<strong>br</strong> />

fortes referências simbólicas. Ele constitui uma categoria fundamen-<<strong>br</strong> />

tal de toda estrutura espacial vivida, a classe espacial. Como para<<strong>br</strong> />

todos os fenôme<strong>no</strong>s de classe, as hierarquias existem: diz-se “nós”<<strong>br</strong> />

para o bairro, o vilarejo, a pequena região ou a nação, conforme o<<strong>br</strong> />

contexto <strong>no</strong> qual alguém se encontra ou o tipo de jogo ao qual se<<strong>br</strong> />

assiste” (CLAVAL, apud CLAVAL, 1999, p. 12).<<strong>br</strong> />

Diante dessa perspectiva, pode-se <strong>com</strong>preender <strong>com</strong>o o uso do território se faz<<strong>br</strong> />

presente <strong>no</strong> planejamento e na própria operacionalização das políticas públicas. Visando<<strong>br</strong> />

ilustrar essa <strong>com</strong>preensão, foram selecionadas algumas políticas, buscando confrontar e<<strong>br</strong> />

dialogar as escalas de atuação das mesmas, a formação de territórios e a tipologia dos<<strong>br</strong> />

municípios <strong>br</strong>asileiros.<<strong>br</strong> />

2. A diversidade urba<strong>no</strong>-regional e a formação de territórios<<strong>br</strong> />

operacionais – o caso dos Território da Cidadania e do PROMESO<<strong>br</strong> />

Pensar e planejar o espaço de um país <strong>com</strong> dimensões continentais <strong>com</strong>o o <strong>Brasil</strong>,<<strong>br</strong> />

de formação socioeconômica <strong>com</strong>plexa e disparidades regionais fortíssimas, tor<strong>no</strong>u-se um<<strong>br</strong> />

desafio cada vez maior para o Estado. Do extremo <strong>no</strong>rte ao extremo sul encontra-se uma<<strong>br</strong> />

variedade de povos, ecossistemas e culturas, o que condiciona os planejadores a terem um

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!