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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

3. A política urba<strong>no</strong>-regional implícita <strong>no</strong> estudo “Tipologia das <strong>Cidades</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Brasil</strong>eiras”<<strong>br</strong> />

O dinamismo do território, por si só, <strong>com</strong>o se vê, não é capaz de alterar a fragilidade<<strong>br</strong> />

da rede urbana, cuja superação requer então mecanismos que exigem efetivas e persisten-<<strong>br</strong> />

tes políticas públicas. Como foi discutido anteriormente, o estudo defende que a política<<strong>br</strong> />

urbana deve ser <strong>com</strong>preendida <strong>com</strong>o um elemento crucial do desenvolvimento do país: é<<strong>br</strong> />

necessário contrabalançar os efeitos negativos da concentração urbana excessiva por meio<<strong>br</strong> />

da ação do Estado, particularmente na melhoria da oferta de serviços públicos e de oportu-<<strong>br</strong> />

nidades para a autodeterminação dos mem<strong>br</strong>os de sociedades locais (educação, cultura,<<strong>br</strong> />

saúde, estruturas administrativas e bancárias, abastecimento de água e energia, por exem-<<strong>br</strong> />

plo). Combater a raridade do fenôme<strong>no</strong> urba<strong>no</strong> significa maximizar as oportunidades de<<strong>br</strong> />

desenvolvimento existentes na sociedade e <strong>no</strong> território.<<strong>br</strong> />

A ideia, portanto, é de que a ação deve reconhecer a diversidade de situações que<<strong>br</strong> />

ocorrem <strong>no</strong> território, assinalando para cada situação o conjunto apropriado de ações.<<strong>br</strong> />

Áreas sem integração ou isoladas não podem ser objeto dos mesmos instrumentos de polí-<<strong>br</strong> />

tica urbana aplicados a áreas de crescimento acelerado e integradas, mas sem urba<strong>no</strong>. Às<<strong>br</strong> />

cidades de regiões estagnadas e de baixa acumulação de riqueza devem ser dirigidos inves-<<strong>br</strong> />

timentos distintos daqueles a serem aplicados em cidades médias, onde a “crise” urbana das<<strong>br</strong> />

grandes cidades já se reproduz; para as grandes metrópoles, a ação vai privilegiar a extre-<<strong>br</strong> />

mada concentração de população e riqueza, o desequilí<strong>br</strong>io ambiental, as demandas de<<strong>br</strong> />

reprodução do trabalho historicamente reprimidas e as disparidades sociais, os conflitos e<<strong>br</strong> />

as carências que adquiriram grandes proporções e exigem atenção especial. A política<<strong>br</strong> />

urba<strong>no</strong>-regional precisa, assim, enfrentar tanto a concentração <strong>com</strong>o o urba<strong>no</strong> não metro-<<strong>br</strong> />

polita<strong>no</strong>, inclusive aquele mais isolado ou rural, em que a base econômica é essencialmente<<strong>br</strong> />

agrícola ou agroindustrial, e aquele <strong>no</strong> qual se manifestam oportunidades de desenvolvi-<<strong>br</strong> />

mento travadas pela falta de urbanização. Não obstante esse <strong>com</strong>promisso <strong>com</strong> a diversi-<<strong>br</strong> />

dade, a abordagem de política urbana implícita <strong>no</strong> estudo da “Tipologia de <strong>Cidades</strong>” desta-<<strong>br</strong> />

ca a atenção a esse urba<strong>no</strong> não metropolita<strong>no</strong>, me<strong>no</strong>s dinâmico, isolado ou raro, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

enfoque indispensável para o desenvolvimento do país e consistente <strong>com</strong> os objetivos<<strong>br</strong> />

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