Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<br />
Contribuição para o Debate sobre as Políticas Territoriais<br />
devem ser saudados como avanços relevantes para o país, embora seus resultados ainda<br />
não sejam percebidos. Maior divisão de trabalho, adição de trabalho novo e maior autode-<br />
terminação das populações dispersas no território têm maior probabilidade de acontecer<br />
em futuro próximo. Considerando-se que diferentes tipos de cidade requerem diferentes<br />
tipos de equipamentos de educação fundamental e profissional, assim como a oferta espe-<br />
cífica e variada de serviços nos diferentes espaços dos PROMESO, pode-se ajustar a polí-<br />
tica de educação profissional e a política regional transversal com base na Tipologia de<br />
Cidades. Enquanto os IFETs devem ser implantados prioritariamente em cidades de tipos<br />
5 a 13, outros tipos de equipamentos educacionais e de difusão de conhecimento, com um<br />
nível mais simples de complexidade, devem ser imaginados para os tipos 14 a 19. A Tipologia<br />
de Cidades se apresenta como instrumento de ação que não se restringe à política urbana,<br />
conforme vem sendo defendido no presente trabalho, e pode ser útil aos objetivos de pro-<br />
gramas transversais, como o PROMESO, e de políticas regionais que buscam reduzir as<br />
históricas desigualdades territoriais brasileiras.<br />
Considerações finais<br />
Em síntese, pode-se dizer que, se de um lado há ainda muito o que se investigar para<br />
aperfeiçoar a tipologia de cidades proposta no estudo do Observatório de Políticas Públicas<br />
de Pernambuco, o que inclui, eventualmente, reduzir o número de tipos, por outro lado,<br />
pode-se dizer que o estudo permitiu ampliar a visão da diversidade e heterogeneidade das<br />
cidades brasileiras no contexto das regiões que polarizam. Isso, apesar de terem sido vistas<br />
por meio de informações agregadas dos municípios como um todo, ultrapassando-se os<br />
tradicionais limites do recorte populacional e da hierarquia urbana.<br />
Dessa forma, ficaram evidentes as distinções que separam os centros urbanos considerados<br />
semelhantes em termos de hierarquia urbana e tamanho populacional (como Recife<br />
e Curitiba, por exemplo), em vista das características distintas das regiões em que estão<br />
inseridas (economias mais ou menos densas e dinâmicas, populações de maior ou menor<br />
renda), em que pese o fato de que seja comum a ambos os problemas intraurbanos que<br />
afetam as grandes metrópoles brasileiras. Ao mesmo tempo, foi destacado o isolamento de<br />
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