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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

O Cartograma 10 apresenta as sedes municipais situadas em linha reta (<strong>com</strong> ou sem<<strong>br</strong> />

ligação por rede viária de qualquer natureza) a 25, 50, 75 e 100km de quaisquer outras<<strong>br</strong> />

sedes vizinhas, calculadas <strong>com</strong> base na malha municipal e <strong>no</strong>s dados do Censo 2000. O<<strong>br</strong> />

estudo “Tipologia das <strong>Cidades</strong> <strong>Brasil</strong>eiras” identificou, em ple<strong>no</strong> século XXI, 167 cidades<<strong>br</strong> />

situadas a grandes distâncias umas das outras, sendo 81 <strong>no</strong> Norte, 65 <strong>no</strong> Centro-Oeste, 13<<strong>br</strong> />

<strong>no</strong> Nordeste e <strong>no</strong> <strong>no</strong>rte de Minas Gerais, e 8 <strong>no</strong> Sul. São municípios que expressam “a<<strong>br</strong> />

raridade do fenôme<strong>no</strong> urba<strong>no</strong> em uma vasta porção do território <strong>br</strong>asileiro, dos cerrados<<strong>br</strong> />

do <strong>Brasil</strong> Central às matas amazônicas e ao pampa da Campanha Gaúcha, onde as vizinhan-<<strong>br</strong> />

ças mais próximas se situam do outro lado da fronteira”, <strong>com</strong>o descreve o relatório do<<strong>br</strong> />

estudo (Observatório de Políticas Públicas de Pernambuco, 2005).<<strong>br</strong> />

O Cartograma mostra também que a densidade urbana é bem mais expressiva na<<strong>br</strong> />

porção oriental do país, e qualitativamente inferior em muitas partes dos <strong>no</strong>vos espaços<<strong>br</strong> />

criados pela expansão das fronteiras agrícola e mineral. São muitas as cidades isoladas por<<strong>br</strong> />

não disporem nem de ligações viárias, nem de acesso a serviços essenciais em tais espaços.<<strong>br</strong> />

O Cartograma 10 deixa evidente que, apesar dessa <strong>com</strong>plexidade e mesmo desconcentração<<strong>br</strong> />

<strong>no</strong> século XXI, parcelas consideráveis do território ainda estão mal atendidas pela urbani-<<strong>br</strong> />

zação, isso sem se considerar a qualidade dos serviços urba<strong>no</strong>s oferecidos. Ainda hoje, as<<strong>br</strong> />

fronteiras pioneiras do país, para onde se tem dirigido intenso fluxo migratório nas últimas<<strong>br</strong> />

décadas, carecem de cidades <strong>com</strong>o pontos de apoio para o desenvolvimento de <strong>com</strong>petên-<<strong>br</strong> />

cias criativas e disponibilização de serviços públicos básicos aos indivíduos, para a explora-<<strong>br</strong> />

ção das oportunidades apresentadas pelo “<strong>no</strong>vo” território, e para a elevação da produtivi-<<strong>br</strong> />

dade, desde a coleta de excedentes agrícolas até a produção, armazenagem e distribuição<<strong>br</strong> />

do excedente social. Áreas estagnadas de ocupação mais antiga, por sua vez, permanecem<<strong>br</strong> />

persistentemente à margem dos <strong>no</strong>vos dinamismos, em vista da carência de meios para<<strong>br</strong> />

realizar suas potencialidades, o que se expressa na emigração observada em pequenas e<<strong>br</strong> />

médias cidades em vários pontos dos sertões <strong>no</strong>rdesti<strong>no</strong>s e mesmo de áreas ainda chama-<<strong>br</strong> />

das de fronteira (Observatório de Políticas Públicas de Pernambuco, 2005). Identificar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> mais detalhe essas situações, apontando a diversidade do urba<strong>no</strong> <strong>br</strong>asileiro – o urba<strong>no</strong><<strong>br</strong> />

consolidado e a raridade do fenôme<strong>no</strong> urba<strong>no</strong> – e chamando a atenção para a importância<<strong>br</strong> />

de uma política urba<strong>no</strong>-regional orientada para a redução de disparidades espaciais e soci-<<strong>br</strong> />

ais, orientou, portanto, a elaboração da Tipologia das <strong>Cidades</strong> <strong>Brasil</strong>eiras.

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