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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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3. Por um desenvolvimento rural sustentável<<strong>br</strong> />

96<<strong>br</strong> />

DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

Segundo VEIGA et al (2005), o desafio da produção alimentar sustentável passa<<strong>br</strong> />

pelo <strong>com</strong>bate à po<strong>br</strong>eza, sem esquecer a responsabilidade ambiental, <strong>com</strong> o manejo equili<strong>br</strong>ado<<strong>br</strong> />

dos recursos naturais. Assim, a partir de 1980, a ideia de uma “agricultura sustentável”<<strong>br</strong> />

revela uma crescente preocupação <strong>com</strong> a saúde e <strong>com</strong> o meio ambiente, sem, entretanto,<<strong>br</strong> />

criar embaraços ao desenvolvimento. Os autores observam que, quanto mais frequente<<strong>br</strong> />

se torna o uso da expressão “desenvolvimento sustentável”, maior fica a contradição entre<<strong>br</strong> />

o consenso retórico e a insipiência do pensamento estratégico, seja na escolha dos objetivos,<<strong>br</strong> />

seja na definição dos meios para atingi-los.<<strong>br</strong> />

De fato, para conquistar “mais sustentabilidade” num processo de desenvolvimento<<strong>br</strong> />

que nunca poderá alcançar sua totalidade, torna-se necessário definir um conjunto de operações<<strong>br</strong> />

que promova uma reorientação do modelo de crescimento econômico e sua estrutura<<strong>br</strong> />

institucional. Mas cada arranjo institucional é prisioneiro de sua herança histórica e<<strong>br</strong> />

cultural, pelo processo de aprendizado das organizações, pelas externalidades de rede, etc.<<strong>br</strong> />

Assim, a mudança de rumo para atender as preocupações ambientalistas só poderá ocorrer<<strong>br</strong> />

junto <strong>com</strong> o impulso para o empreendedorismo, ou seja, se a precaução ecológica puder<<strong>br</strong> />

alavancar o crescimento, em vez de restringi-lo.<<strong>br</strong> />

O desafio atual consiste em propor instrumentos tec<strong>no</strong>lógicos que possibilitem análises<<strong>br</strong> />

alternativas e adequadas para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar social das<<strong>br</strong> />

populações po<strong>br</strong>es que habitam esses territórios rurais, visando estabelecer um ponto focal<<strong>br</strong> />

de desenvolvimento regional autossustentável de forma multidisciplinar, e a partir da <strong>com</strong>preensão<<strong>br</strong> />

de que o dinamismo das regiões virá em função do nível de conhecimento, aliado<<strong>br</strong> />

à pesquisa aplicada e às i<strong>no</strong>vadoras técnicas de produção, em consonância <strong>com</strong> as vocações<<strong>br</strong> />

socioeconômicas da área, escolhendo formas de desenvolvimento sensíveis à questão<<strong>br</strong> />

ambiental e buscando conciliar a exploração eficiente e reciclável dos limitados recursos<<strong>br</strong> />

naturais do meio ambiente - o “capital natural” - e a necessidade urgente de crescimento<<strong>br</strong> />

material das <strong>com</strong>unidades rurais - o “capital construído pelo homem”.<<strong>br</strong> />

Ao longo da História, praticamente todas as principais civilizações dependiam essencialmente<<strong>br</strong> />

dos produtos da biomassa para sua vida material: “alimentos, ração animal<<strong>br</strong> />

(<strong>com</strong>o é o caso até hoje), e também <strong>com</strong>bustível, fi<strong>br</strong>as para vestimentas, madeira para<<strong>br</strong> />

construção de a<strong>br</strong>igos e mobiliário, plantas curativas” (SACHS, 2000). A questão não é

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